O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar, durante audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), nesta quarta-feira (07/07), sobre a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses e sobre a intenção do governo em um novo “Bolsa Família”, ao fim do benefício. Segundo Guedes, o cenário ainda preocupante da pandemia foi determinante para a decisão da extensão das parcelas, pagas a 39,1 milhões de brasileiros de baixa renda.
“A pandemia nos recomendou a renovação do auxílio. Muita gente diz para parar com o benefício, mas, há 60 dias, estávamos com mais de 4 mil mortes por dia. Então renovamos por quatro meses e estendemos, agora, por mais três meses”, disse o ministro.
De acordo com o chefe da equipe econômica, a previsão do governo é controlar o avanço epidemiológico da pandemia até outubro, quando acaba o auxílio, “como descrito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga”.
“Os governadores, mesmo os de oposição, estão dizendo que terão a população adulta toda vacinada em meados de agosto e início de setembro. As mortes estão em declínio, as internações estão caindo e , aparentemente, teremos o controle da situação da pandemia em três ou quatro meses”, comentou o ministro.
Além do auxílio emergencial, Paulo Guedes afirmou que foram renovados programas de crédito “bem sucedidos”, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O ministro afirmou que, com o fim do auxílio emergencial, o governo dará início aos “novos programas sociais”.
“Renovamos o benefício e lá na frente iremos aterrissar nos novos programas sociais. Em novembro ou dezembro já resgataremos o Bolsa Família”, reforçou Paulo Guedes.
Reação econômica
Durante sua participação na audiência pública da CFFC, Paulo Guedes reforçou que o auxílio emergencial tem como função beneficiar aqueles em situação de vulnerabilidade durante a pandemia. E que a economia brasileira ia bem no período em que o benefício foi extinto — entre janeiro e março deste ano.
“O auxílio foi para ajudar os mais frágeis. Durante os meses em que ficou sem cobertura (do auxílio), a economia já estava se levantando”, afirmou o ministro. Segundo ele, o Brasil entrou em 2021 com saldo positivo de empregos e foi exemplo econômico para o mundo, durante a crise sanitária mundial.
“A democracia brasileira deu exemplo de resiliência e de flexibilidade, e reagiu melhor do que os mais avançados países, que deveriam ter melhores respostas que a nossa, mas quem deu as melhores respostas na crise fomos nós. Nosso saldo de empregos em 2020 foi de 140 mil positivos”, comentou Guedes.