Reforma tributária

Guedes quer dobrar corte de imposto para empresas se 'dois ou três' subsídios forem removidos

Ministro da Economia promete queda na tributação de empresas de até 10 pontos percentuais. "Vamos reduzir o Imposto de Renda das empresas. Nosso compromisso é claro", afirma

O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou a importância da reforma tributária, que está em tramitação no Congresso, e disse que, se o governo conseguir derrubar “dois, três ou quatro lobbies” de grandes empresas com altas isenções, e aprovar a taxação de dividendos, será possível reduzir a tributação em até 10 pontos percentuais para todas as outras empresas do país. “Vamos reduzir o Imposto de Renda das empresas. Nosso compromisso é claro”. Em relação aos dividendos, ele deixou claro que apenas um número pequeno de pessoas físicas, em relação à quantidade de habitantes, têm benefícios especiais.

“Apenas 20 mil pessoas receberam R$ 280 bilhões em isenções. É simplesmente inaceitável em uma economia desigual. Depois, não pode reclamar da distribuição de renda”, afirmou. “Nós estamos convencidos de que estamos no caminho certo”, reiterou. Guedes lembrou que há 25 anos, as empresas estão sendo altamente tributadas. Os empresários são o motor do crescimento. É lá (a empresa) que ocorre o milagre da produtividade, com mais salário e mais emprego”.

Ele lembrou que já tinha enviado ao Congresso um pedido para queda na faixa de isenção do IR de 2,5 pontos percentuais, em 2021, e mais 2,5 pontos percentual em 2022. “Estamos reavaliando para 5 pontos percentuais já, e talvez até 10 pontos percentuais na alíquota, desde que sejam revistas isenções, às vezes, de uma empresa só. Podemos reduzir em 10 pontos percentuais”, insistiu.

Ele admitiu que esses contribuintes, especificamente, têm poderosos lobbies no Congresso, o que é correto do ponto de vista da democracia. “Mas cabe ao governo filtrar o que é socialmente aceitável. Onde todos pagam, pagamos todos menos. Se deixar (de beneficiar) um lobby, podemos reduzir em 5 pontos percentuais. Se forem 3 ou 4, podemos reduzir mais ainda para todas as empresas brasileiras”, assinalou.

Política de emprego para jovens

Ele citou ainda que novas medidas para incentivar o emprego para jovens de 18 a 21 anos “estão vindo” e que serão anunciadas pelo secretário da pasta Bruno Bianco. “É o grupo onde o desemprego chega a 40% ou 50%”, afirmou Guedes. E também ressaltou que “o Brasil está se levantando”, já que em maio foram 280.666 novos postos de trabalho com carteira assinada.

De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério da Economia, totalizaram 40.596.340 de vínculos, no mês, com alta de 0,70% em relação ao estoque de abril. No acumulado do ano de 2021, o saldo total de empregos é de 1.233.372. Houve, 7.971.258 de admissões e 6.737.886 de desligamentos (com ajustes até maio de 2021).

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