CONJUNTURA

Dívida pública cresce 3,07% e chega a R$ 5,171 trilhões em junho

Instituições financeiras aumentaram a participação para R$ 1,568 trilhão

Vera Batista
postado em 28/07/2021 15:09 / atualizado em 28/07/2021 15:13
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF, que representa os débitos do governo no Brasil e no exterior) teve aumento, em termos nominais, de 3,07%, passando de R$ 5,171 trilhões, em maio, para R$ 5,329 trilhões, em junho, de acordo com o relatório mensal, divulgado pelo Tesouro Nacional, órgão responsável por financiar o deficit orçamentário do governo — empréstimos que ficam em valores superiores à arrecadação de tributos.

A Dívida Interna (DPMFi) teve o estoque ampliado em 3,29%, ao passar de R$ 4,940 trilhões para R$ 5,103 trilhões, em consequência da emissão líquida, no valor de R$ 133,43 bilhões, e da apropriação positiva de juros, no valor de R$ 29,36 bilhões. Já o estoque da Dívida Externa (DPFe) caiu 1,77%, no mês em relação a maio, encerrando junho em R$ 226,67 bilhões (US$ 45,31 bilhões), sendo R$ 194,67 bilhões (US$ 38,92 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 32 bilhões (US$ 6,40 bilhões) relativos à dívida contratual.

O estoque de instituições financeiras apresentou aumento no mês, passando de R$ 1,479 trilhões para R$ 1,568 trilhões em junho. A participação relativa desse grupo aumentou para 30,746%. Os não-residentes apresentaram acréscimo de R$ 7,59 bilhões no estoque, fechando o mês com redução na participação relativa, atingindo 9,71%. O grupo Previdência elevou seu estoque em R$ 27,32 bilhões, totalizando R$ 1,171 trilhão no mês. A participação relativa desse grupo caiu de 23,16% para 22,96%.

Os fundos de investimento também aumentaram o estoque, passando de R$ 1,181 trilhão para R$ 1,205 trilhão. O grupo do governo apresentou participação relativa de 3,93% em junho e o estoque das Seguradoras encerrou o mês em R$ 192,73 bilhões. Além disso, destaca-se que os Não-residentes possuem 89,07% de sua carteira em títulos pré-fixados, enquanto a carteira da Previdência é composta de 59,23% de títulos vinculados a índices de preços.

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