Em junho de 2021, o saldo de operações de crédito no Brasil atingiu R$ 4,214 trilhões, o que representa alta de 0,9% na comparação com maio e crescimento de 16,3% ante junho de 2020, de acordo com dados do Banco Central (BC) sobre crédito no Brasil. A taxa média de juros das operações de crédito fechou em 19,9% a.a. no mês passado.
O spread médio das operações de crédito atingiu 14,3 p.p. em junho deste ano. E a concessão de crédito somou R$ 425 bilhões, com alta de 5,5% em base mensal e crescimento de 9,6% ante junho de 2020. A diferença das operações de crédito para pessoas físicas teve alta de 1,5% na comparação com maio. Ao mesmo tempo, o saldo das operações para pessoas jurídicas subiu 0,1% na comparação mensal e cresceu 14,8% em termos anuais, com o total de R$ 1,816 trilhão em junho.
Neste mesmo contexto, a taxa de inadimplência atingiu 2,3% do saldo total das operações de crédito, ficando inalterada na comparação com maio e caindo 0,6 p.p. ante junho do ano anterior. Entre as pessoas físicas, a taxa atingiu 2,9% (-0,1 p.p. no mês) e atingiu 1,5% (estável no mês). Diante disso, considerando os chamados recursos livres, que não estão atrelados a programas específicos, o saldo das operações de crédito atingiu R$ 2,471 trilhões em junho, o que representa alta de 1,3% na comparação com maio e crescimento de 16,7% do ano passado.
Entre os recursos direcionados, que estão atrelados a programas específicos, o saldo das operações de crédito atingiu R$ 1,743 trilhão em junho, o que representa alta de 0,3% na comparação com maio e crescimento de 15,7% ante junho do ano passado, enquanto a concessão de crédito somou R$ 48 bilhões em junho, com alta de 9,6% em base mensal e crescimento de 57,2% ante junho de 2020.
Endividamento das famílias bate recorde
A crise econômica trazida pela pandemia do novo coronavírus fez o endividamento das famílias bater novo recorde no Brasil. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que, em abril, o endividamento das famílias com o sistema financeiro chegou aos 58,5%. Este é o maior percentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005.
O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas bancárias dividido pela renda das famílias no período de 12 meses. Como incorpora dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE, o percentual possui certa defasagem. Por isso, o resultado divulgado hoje é de abril.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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