Economia

Atual ritmo de vacinação não acabará com pandemia até fim de 2022, segundo FMI

Georgieva afirmou que o FMI projeta que o PIB global crescerá 6% em 2021, mas que a retomada ocorrerá de forma bem mais rápida em países desenvolvidos em relação aos emergentes.

Agência Estado
postado em 21/07/2021 12:20 / atualizado em 21/07/2021 12:22
 (crédito: NICHOLAS KAMM / AFP)
(crédito: NICHOLAS KAMM / AFP)
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, voltou a chamar atenção nesta quarta-feira, 21, para o caráter desigual da recuperação da crise provocada pelo coronavírus. Durante evento virtual promovido pelo Instituto Peterson, a chefe do organismo multilateral alertou que o ritmo atual de vacinação não acabará com a pandemia até o final de 2022. Georgieva afirmou que o FMI projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) global crescerá 6% em 2021, mas que a retomada ocorrerá de forma bem mais rápida em países desenvolvidos em relação aos emergentes.
Na visão dela, o futuro será de choques econômicos mais fortes e duradouros, não só com pandemias, mas também com efeitos das mudanças climáticas. Por isso, ela defende que a comunidade internacional trabalhe para reduzir as disparidades socioeconômicas. "Se quisermos ser mais resilientes a choques, precisamos melhorar inclusão", disse.
Georgieva saudou o acordo firmado pelo G-20 para um imposto mínimo global e os progressos nas negociações para a tributação de serviços digitais.
Precificação de carbono
Kristalina Georgieva reiterou durante o evento a defesa pela precificação do carbono. Para ela, a comunidade internacional deve alcançar um "nível adequado" para o preço das emissões. Georgeiva destacou que, embora a precificação não esteja estabelecida, é possível estimar que a tonelada do carbono está cotada em cerca de US$ 3 no momento. Na visão dela, esse valor tem que subir a US$ 75 até 2030. "O ideal é que países ajam em sincronia na precificação do carbono", defendeu.
A diretora disse ainda que o FMI tem pedido ajuda de seus membros para ajudar os países mais vulneráveis ao coronavírus a abrir mais espaço fiscal.
 

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