Agência Estado
postado em 14/07/2021 13:35 / atualizado em 14/07/2021 13:36
A corrente de comércio entre o Brasil e os Estados Unidos cresceu ao longo do primeiro semestre em relação com o mesmo período do ano passado, com vantagem expressiva para o lado brasileiro, com os embarques para os portos e aeroportos norte-americanos tendo avançado 32,9% e as compras, 8,7%. É o que mostra o Monitor do Comércio Brasil-EUA, relatório da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil). Os dados confirmam a manutenção dos EUA como o segundo maior parceiro comercial do Brasil em bens.
Em valores, o total das exportações ficou em US$ 13,3 bilhões e de importações em US$ 16,4 bilhões. "A recuperação da economia tanto no Brasil como nos EUA tem fortalecido o comércio bilateral. As projeções da Amcham indicam que 2021 registrará um crescimento de até 30% das nossas exportações para os EUA e de até 20% das nossas importações vindas daquele país", relata Abrão Neto, vice-presidente executivo da Amcham. Para ele, esses números são indicadores claros do aquecimento dos negócios entre ambos os países.
Segundo a Câmara Americana, a economia dos EUA cresceu 6,4% no 1º trimestre de 2021 e deve seguir aquecida ao longo do ano. O estágio avançado de vacinação e os pacotes governamentais de estímulo norte-americanos aumentaram a demanda externa, inclusive por produtos importados do Brasil, como dos setores siderúrgico, de construção civil, aeronáutico e petróleo.
As exportações brasileiras para os EUA no primeiro semestre de 2021 representaram 9,8% das exportações totais do País no período. Pelo lado das importações, é possível observar um início de recuperação.
As importações brasileiras originárias dos EUA avançaram 8,7%, alcançando o valor de US$ 16,4 bilhões até o momento. Apesar desse movimento positivo, o porcentual ainda foi três vezes menor que o aumento total de 26,5% de tudo que o Brasil comprou do mundo. Segundo a Amcham, entre as dez principais origens de importação brasileira, o aumento dos Estados Unidos foi o segundo mais baixo, ficando à frente somente da França.
Como resultado, o Brasil obteve um déficit de US$ 3,1 bilhões com os EUA, que foi o maior saldo negativo registrado pelo Brasil entre todos os seus parceiros comerciais no ano. No geral, as trocas bilaterais com os EUA representaram 12,7% do comércio brasileiro com o mundo, atrás apenas da China (29,1%).
Para a entidade, a recuperação da economia nos EUA e no Brasil refletirá no crescimento do comércio bilateral. A Amcham estima que as exportações brasileiras para os EUA devem crescer entre 26,6% e 30,1%, para um valor próximo a US$ 30 bilhões, e as importações brasileiras dos EUA aumentarão entre 18,6% e 20,2%, superando US$ 33 bilhões.
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