“Não ao aumento de impostos” é o título do manifesto assinado, nesta quinta-feira (8/7), pelos presidentes do PSL, MDB, PSDB, Novo e outros nove partidos, contra alterações ao Imposto de Renda e regras para implementação de tributação de dividendos, incluídas pelo governo na proposta de reforma tributária. Os partidos, que formam o grupo que busca pela “terceira via” eleitoral no pleito de 2022, afirmam, na carta, que tanto setores produtivos quanto a classe trabalhadora “não suportam uma proposta que aumenta a carga tributária, penaliza os investimentos e atrapalha a geração de empregos e renda”.
Para os representantes partidários, a solução está na alteração das cobranças de impostos sobre o consumo, cujo impacto no crescimento “é estimado no aumento do PIB potencial de 20 pontos percentuais em 15 anos”.
O texto reconhece que existem “distorções” no Imposto de Renda e que a sua reorganização é necessária, mas deve ser realizada “sem pressão do Poder Executivo”, que está agindo com “atitudes populistas, marcadamente antidemocráticas, que não envolvam a ampla participação de todos os setores da sociedade brasileira”
O documento é assinado por Luciano Bivar (PSL), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), ACM Neto (DEM), Paulinho da Força (Solidariedade), Renata Abreu (Podemos), Eduardo Ribeiro (Novo), Roberto Freire (Cidadania) e José Luís Penna (PV). No total, os partidos somam 190 deputados.
Diante das críticas que vem recebendo desde que apresentou a proposta ao Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já declarou em diversas situações que o texto da reforma tributária poderá ser alterado, caso sejam reconhecidos “excessos”.
Em almoço com um grupo de empresários, na quinta-feira (8/7), o ministro garantiu que a proposta não será aprovada pelo Congresso antes do recesso parlamentar, possibilidade que chegou a ser levantada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
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