Índice Geral de Preço

IGP-DI de junho desacelera a 0,11%, ante 3,40% em maio, revela FGV

Seis das oito classes de despesa do IPC-DI registraram suas taxas de variação mais baixas: Habitação, Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Comunicação, Vestuário e Despesas Diversas.

Agência Estado
postado em 07/07/2021 09:32 / atualizado em 07/07/2021 09:43
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,11% em junho, após um avanço de 3,40% em maio, divulgou nesta quarta-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou abaixo da mediana de 0,22% obtida nas estimativas da pesquisa do Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo, que ia de queda de 0,16% a avanço de 0,80%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 14,26% no ano e avanço de 34,53% em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve redução de 0,26% em junho ante uma alta de 4,20% em maio. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,64% em junho, após o avanço de 0,81% em maio.
Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 2,16% em junho, depois da alta de 2,22% em maio. O período de coleta de preços para o índice de junho foi do dia 1º ao dia 30 do mês.
O núcleo do IPC-DI de junho subiu 0,43%, após a elevação de 0,40% registrada em maio. O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação 2,07% no ano e avanço de 3,49% em 12 meses.
Seis das oito classes de despesa do IPC-DI registraram suas taxas de variação mais baixas: Habitação (de 1,72% em maio para 0,89% em junho), Transportes (de 1,48% para 1,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,59% para 0,20%), Comunicação (de 0,26% para 0,02%), Vestuário (de 0,65% para 0,41%) e Despesas Diversas (de 0,28% para 0,24%). Houve contribuição dos itens: tarifa de eletricidade residencial (de 6,53% para 2,09%), gasolina (de 2,95% para 1,89%), medicamentos em geral (de 1,85% para 0,43%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,49% para 0,09%), roupas femininas (de 0,93% para 0,27%) e serviço religioso e funerário (de 1,04% para -0,19%).
Na direção oposta, as taxas foram maiores nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de -0,70% para 1,15%) e Alimentação (de 0,26% para 0,34%), sob influência de itens como passagem aérea (de -8,05% para 12,47%) e frutas (de -7,15% para -3,29%).
A alta no custo da mão de obra e dos materiais de construção sustentou a inflação do setor no IGP-DI de junho. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 2,22% em maio para uma elevação de 2,16% em junho.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 2,51% em maio para um aumento de 1,64% em junho. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de alta de 2,81% em maio para avanço de 1,84% em junho, enquanto os Serviços saíram de 1,13% para 0,69%.
Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de uma elevação de 1,92% em maio para um aumento de 2,69% em junho.
IPAs
Os preços dos produtos agropecuários no atacado mensurados pelo IPA Agrícola recuaram 2,10% em junho, depois de uma alta de 3,16% em maio, dentro do IGP-DI. Já os produtos industriais, medidos pelo IPA Industrial, avançaram 0,46% no mês passado, ante aumento de 4,62% em maio.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,97% em junho, ante um avanço de 1,73% no mês anterior. Os preços dos bens intermediários subiram 1,34% em junho, após aumentarem 2,28% em maio. Os preços das matérias-primas brutas registraram redução de 2,40% no mês passado, depois do avanço de 7,65% em maio.
 

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