O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 5,7 pontos na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, para 93,8 pontos, o maior patamar desde fevereiro de 2020, no pré-pandemia, quando estava em 94,4 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 5,4 pontos.
"A confiança do setor de serviços fecha o primeiro semestre em alta, atingindo o maior nível desde o início da pandemia. O resultado positivo desse mês foi influenciado pela percepção de melhora do volume de serviços e avanço das expectativas em relação aos próximos meses. A ampliação do programa de vacinação, redução das medidas restritivas e melhora na confiança dos consumidores ajudam a explicar o momento de recuperação do setor. A continuidade desses fatores positivos é fundamental para o andamento do cenário de retomada nos próximos meses", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em junho, houve melhora nos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 4,7 pontos, para 88,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) cresceu 6,7 pontos, para 99,1 pontos.
A FGV ressalta que "os últimos resultados da confiança de serviços mostram que o setor se aproxima do nível pré-pandemia". Houve recuperação no segundo trimestre de 2021 em todos os principais segmentos, exceto no de informação e comunicação, que vinha de um resultado positivo no primeiro trimestre, ao contrário dos demais.
"A continuidade dessa recuperação depende do controle da pandemia e, consequentemente, da flexibilização gradual das medidas restritivas de circulação e funcionamento de estabelecimentos", completou Tobler.
A coleta de dados para a edição de junho da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.544 empresas entre os dias 1º e 25 do mês.