O estado de São Paulo é a unidade federativa com melhor ambiente de negócios do país, de acordo com dados da primeira edição do Doing Business Subnacional do Brasil, realizado pelo Banco Mundial (Bird), divulgado ontem. Na sequência, Minas Gerais, Roraima, Paraná e Rio de Janeiro completam a lista dos cinco estados com melhor classificação na pesquisa.
De acordo com o estudo, as regiões Sudeste e Sul tiveram os melhores desempenhos nacionais, mas, em todas as áreas, apesar de alguns avanços, os processos burocráticos ainda colocam o Brasil abaixo da média das economias da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da América Latina e do Brics, grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“O alto número de procedimentos e a falta de coordenação consomem tempo produtivo das pequenas e médias empresas. No entanto, uma visão granular de cada área revela gargalos, mas também boas práticas que podem ser replicadas através do país”, destacou o estudo de 368 páginas. Os técnicos do Banco Mundial informaram que vão realizar palestras ao longo do ano para apresentar as conclusões e tentar disseminar as boas práticas identificadas para prefeituras brasileiras.
A pesquisa utiliza a metodologia do Doing Business, que é feito pelo Banco Mundial junto a 190 países para fazer um ranking por nações. Na classificação global, que considera apenas os dados de São Paulo e do Rio de Janeiro, o Brasil se encontra em 124º lugar no ranking dos países com melhor ambiente de negócios liderado por Nova Zelândia e Cingapura.
O levantamento do Bird considera a nota média para as 27 capitais federais em cinco categorias analisadas pelos técnicos do estudo: abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, registro de propriedade, pagamento de impostos e execução de contratos. Com isso, na lanterna do ranking, ficaram Pará, Bahia, Amapá, Espírito Santo e Pernambuco, que foram os piores lugares para se fazer negócios no país, pela nota média, segundo o estudo do Bird.
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Brasília
O Distrito Federal ficou em 12º lugar entre as 27 unidades federativas, mas destacou-se negativamente com a vice-liderança do pior lugar para se abrir empresa, com tempo médio de 24,5 dias, à frente apenas de Goiás, que ficou com a lanterna com o maior número de procedimentos exigidos. Minas Gerais, por sua vez, ficou na liderança, com o menor prazo médio para o empreendedor conseguir a licença de funcionamento, de 9,5 dias, seguido por Santa Catarina, com 10 dias.
São Paulo, na liderança geral e da listagem para o registro de propriedade, está em 19º lugar no ranking para o pagamento de impostos. Essa categoria, que é a pior para o Brasil no ranking global do Doing Business, é liderada pelo Espírito Santo e tem o Pará em último lugar na classificação nacional.