Os mercados acionários iniciam a semana no campo positivo, com investidores de olho em decisões de juros do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, na quarta-feira (16). Às 10h43, o Ibovespa, índice que mede o desempenho das principais ações da bolsa de valores brasileira (B3), registrava alta de 0,84%, aos 130.523 pontos.
O dólar perdia força, em queda de 0,77%, cotado a R$ 5,076 para compra e a R$ 5,078, para venda. No último pregão, na sexta-feira (11), a moeda norte-americana teve alta de 1,06%, a R$ 5,120 na venda. Na semana passada, chegou a cair para R$ 5,035 na venda, o menor patamar desde 10 de junho de 2020 (R$ 4,939).
De acordo com economistas do Bradesco, na Europa, contribui positivamente para o desempenho das bolsas também o resultado da produção industrial da área do Euro, que avançou 0,8% em abril ante março, acima do esperado pelo mercado. “Com relação ao petróleo, os preços da commodity avançam, refletindo as perspectivas favoráveis para o crescimento global”, aponta o relatório do Bradesco.
Analistas do mercado financeiros preveem, como maior probabilidade, que, no comunicado após a reunião, o Copom sinalize menor tolerância com a inflação, que já bate 8% em 12 meses segundo o último dado oficial. “Já o Fed deve manter sua política monetária ultraestimulativa e reiterar que o repique inflacionário nos Estados Unidos é um choque temporário”, destaca um técnico do mercado.
A aposta dos economistas, no Brasil, diante do aumento das expectativas de inflação, é que o Copom antecipe novo aumento da Taxa Básica de Juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, o terceiro consecutivo, para a reunião de agosto e retire a mensagem de “que a política monetária deverá manter algum grau de estímulo à atividade", dizem analistas da Genial Investimentos.
Caso a política mais agressiva do BC se concretize, a tendência é de valorização do real, já que os juros baixos nos Estados Unidos levam os investidores estrangeiros a buscarem retornos mais altos fora do país, enquanto uma Selic mais alta torna investimentos locais mais atraentes.
Focus
A taxa de câmbio para 2021 passou de R$ 5,30 para R$ 5,18, de acordo as expectativas dos economistas, relatadas no Relatório de Mercado Focus divulgado pela manhã, pelo BC. Para 2022, a projeção para o câmbio passou de R$ 5,30 para R$ 5,20, ante R$ 5,35 de quatro pesquisas atrás.
A projeção anual de câmbio publicada no Relatório Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro passado pelo Banco Central. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
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