CRÍTICA

Bolsonaro: Vamos crescer 4% este ano; se não tivesse pandemia, seria 7%, 8%

Bolsonaro também exaltou o Pronampe, programa que oferece linha de crédito a micro e pequenas empresas, instituído em maio do ano passado

Agência Estado
postado em 10/06/2021 19:40
 (crédito: Alan Santos/PR)
(crédito: Alan Santos/PR)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a economia brasileira cresceria 7% ou 8%, em vez dos 4% previstos para 2021, se não houvesse pandemia. Ele criticou medidas de isolamento adotadas por governadores e se eximiu de responsabilidades pelos impactos da crise sanitária no emprego e na renda. "Os informais foram duramente abatidos. E logo por esses políticos, que dizem tanto que estão preocupados com os mais pobres. O governo federal não fechou nenhum botequim", disse o mandatário durante cerimônia do Ministério do Turismo, realizada no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 10.
O presidente elogiou a atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou do evento. "Gostaria de saber do Paulo Guedes o que ele fez para a economia, apesar do 'feche tudo'", disse. "Destruíram empregos, levaram à miséria e à depressão milhões de pessoas". Em seguida, Bolsonaro exaltou o Pronampe, programa que oferece linha de crédito a micro e pequenas empresas, instituído em maio do ano passado, dentro das ações do governo federal para manutenção de postos de trabalho durante a pandemia.

Juros voltam a subir 

Os juros voltaram a subir nesta quinta-feira, mesmo com o mercado de câmbio comportado e o rendimento dos Treasuries mantendo-se em baixa durante todo o dia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do esperado na divulgação de quarta-feira e os ajustes aos cenários de inflação e Selic continuaram pesando sobre as taxas, com o mercado apostando que o orçamento do aperto monetário será esticado. A curva já indica Selic fechando o ano em 7%, cada vez mais distante do que é visto como nível neutro (entre 6,25% e 6,5%), mas para a próxima semana está mantido o consenso de que o Comitê de Política Monetária (Copom) subirá a Selic em 0,75 ponto porcentual.

Instituições financeiras seguiram revisando para cima números de inflação, Produto Interno Bruto (PIB) e Selic, e uma mudança na comunicação do Copom para um tom mais "hawkish" é dada como certa, a começar pela retirada do termo "parcial" sobre na normalização da Selic. Saiba mais em: Juros voltam a subir pressionadas por piora de cenários de inflação e Selic 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.