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Bolsa fecha em baixa de 0,09%, e acumula ganho de 0,58% na semana

Na semana, acumulou ganho de 0,58%, vindo de perda de 0,13% na anterior, avançando agora 3,11% em maio - no ano, a alta está em 3,00%

Ao longo da tarde, o Ibovespa limitou perdas a ponto de manter a linha dos 122 mil pontos pelo quinto fechamento consecutivo, conseguindo salvar leve ganho na semana ao encerrar a sexta-feira, 21, mais uma vez bem perto da estabilidade (-0,09%), aos 122.592,47 pontos, entre mínima de 121.760,37 e máxima de 122.799,36 pontos na sessão, com giro a R$ 36,5 bilhões, em dia de vencimento de opções sobre ações. Na semana, acumulou ganho de 0,58%, vindo de perda de 0,13% na anterior, avançando agora 3,11% em maio - no ano, a alta está em 3,00%.
O dia não teve direção única em Nova York, enquanto o dólar se fortaleceu em nível global com nova leitura forte sobre a atividade econômica nos Estados Unidos, na prévia do PMI composto para maio, que mantém no radar dos investidores o comportamento da inflação americana e eventual reação do Federal Reserve que, anteontem, na ata de sua mais recente reunião de política monetária, sinalizou estar mais perto de iniciar o debate sobre a retirada de estímulos.
"Os sinais de reorientação do Fed serão acompanhados de perto por todos, à medida que essa discussão prosseguir. Mas há outras questões em andamento que influenciam os preços, como o ajuste nas commodities, especialmente para as ações de Vale e Petrobras, a possibilidade de retomada da discussão sobre a reforma administrativa a partir da próxima terça-feira e a tramitação da MP da Eletrobras no Senado", aponta Murilo Breder, analista de renda variável da Easynvest. "Após a boa temporada de resultados trimestrais, a tendência é de que o mercado volte a olhar mais para o macro, inclusive para a política."
"A semana termina com os dados de atividade nos Estados Unidos e, em menor grau, também na zona do euro apontando para cenário mais forte na economia. Aqui, há coisas acontecendo também no corporativo, como os relatos de que BRF e Marfrig estão buscando uma fusão. O Fed continuará a ser acompanhado por todos, pelo efeito direto sobre as condições de liquidez no mundo", diz Bruno Moura, sócio e líder de operações da mesa de renda variável da BlueTrade.
BRF dominou com folga a ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, ao fechar o dia com ganho superior a 16%, não apenas pelos rumores, não confirmados oficialmente, sobre a possível fusão com a Marfrig, mas também pelo "alívio no preço do milho e o potencial aumento do consumo de aves na Argentina", observa Pietra Guerra, analista da Clear Corretora. Após BRF, destaque também para Embraer (+3,16%), com informações sobre entrega de aeronave, e Suzano (+2,64%). No lado oposto, as ações de construção civil foram afetadas pela inflação nos custos do setor, no maior nível desde 1993 - Cyrela fechou em baixa de 5,39%, à frente de MRV (-5,12%); entre as duas, Marfrig cedeu 5,20%.
Com o prosseguimento da correção dos preços do minério de ferro na China, Vale ON (-1,54%) e as ações de siderurgia (CSN -3,18%) voltaram a se alinhar entre as perdedoras do dia. "Segundo informações dos jornais locais, o Conselho de Estado chinês está pronto para adotar novas medidas para evitar que o aumento dos preços das commodities seja repassado aos consumidores, uma vez que o aço é um custo importante dentro da cesta de inflação", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear.
Bancos (Bradesco PN +0,46%) e Petrobras (PN +0,08%, ON +0,99%) tiveram ganhos modestos na sessão, em dia mais uma vez positivo para Eletrobras (ON +0,12%, PNB +1,22%), com a progressão da MP para o Senado.