Finanças

Pix já é o meio de pagamento mais usado no Brasil

A utilização do Pix — o serviço brasileiro de pagamentos instantâneos — já supera a de outros meios de pagamentos mais antigos, como DOC, TED e boleto bancário. A constatação foi feita pelo Banco Central por meio do documento Pix: O novo meio de pagamento brasileiro, divulgado ontem.

Em operação desde 16 de novembro de 2020, o Pix registrava no fim de março, conforme o BC, 206,6 milhões de chaves — identificadores como e-mail, CPF, CNPJ, celular ou números aleatórios, utilizados para o recebimento de recursos.

No documento, o BC informou que, entre novembro de 2020 e março de 2021, foram feitas 1 bilhão de transações por Pix, em um total de R$ 787,2 bilhões. “Comparando com outros meios de pagamento, nota-se que o uso do Pix vem crescendo a cada mês e já é maior que o uso de TEDs e de DOCs somados. Em março, a quantidade de Pix superou a quantidade de boletos liquidados”, disse o BC.

De acordo com o Banco Central, o sistema de pagamento teve uma das adoções mais rápidas de todo mundo. Até março, entre os países pesquisados, o ritmo de adesão no Brasil ficou acima, por exemplo, de Austrália, Suécia, Cingapura e Reino Unido, que mantêm mecanismos de pagamento rápido semelhantes. Apenas Dinamarca e Chile tiveram crescimentos parecidos ao verificado no Brasil.

O estudo constatou ainda que 45% da população brasileira adulta já utilizou o Pix. Atualmente, existem mais de 242 milhões de chaves Pix cadastradas por 83 milhões de pessoas físicas e mais de 5,5 milhões de empresas. Como cada usuário pode manter mais de uma chave para movimentar suas contas bancárias, o número de chaves é maior do que o de cadastrados.

"O elevado uso do Pix em pouco tempo de existência indica que a população brasileira, em geral, tem sido bastante receptiva ao novo meio de pagamento. A sua crescente utilização, abarcando cada vez mais casos de uso, tem contribuído para a construção de um mercado de pagamentos de varejo mais competitivo, mais eficiente, mais inclusivo e mais seguro”, aponta o documento do BC.