Até Correios faturam alto com comércio eletrônico
O Mercado Livre jamais ganhou tanto dinheiro e, por isso mesmo, deu a largada para um ambicioso — e bilionário — programa de investimentos no país. A Amazon irá inaugurar novos centros de distribuição que terão a missão de atender ao aumento explosivo da demanda. Empresas de logística ou especializadas na criação de plataformas virtuais de marketplace estão faturando como nunca. Tudo isso tem razão de ser: o comércio eletrônico. As vendas por essa modalidade subiram 74% em 2020 na comparação com o ano anterior, segundo a Câmara Brasileira da Economia Digital. Os Correios, quem diria, também aproveitaram a onda. No ano passado, a estatal teve lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, o melhor resultado em uma década. Como no caso dos concorrentes privados, o aumento explosivo das vendas pela internet foi o principal responsável pelo desempenho. Resta saber se a empresa, que tem um indefensável histórico de rombos em suas contas, manterá o ritmo.
Banco Digio mergulha no universo gamer
O público gamer tem apetite por consumo. Essa é a principal constatação de um levantamento realizado pelo Digio, banco digital do Bradesco e do Banco do Brasil. Ao analisar a base de 1,6 milhão de clientes, o Digio descobriu que a turma dos videogames gasta 77% mais que a média dos usuários de seu cartão de crédito. Outra constatação foi a maior participação em transações à vista e compras on-line. Não à toa, o Digio investe há três anos na área, patrocinando campeonatos e influenciadores digitais.
US$ 6 milhões
é quanto o brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente mundial da Nissan, terá de devolver à empresa depois de um tribunal holandês rejeitar a alegação que foi demitido injustamente pela montadora. Ghosn é acusado de corrupção e está enrolado com a Justiça.
“A chave da liderança bem-sucedida é influência, e não autoridade”
Kenneth Blanchard, escritor e consultor de negócios americano
Luxo é compartilhar
Os brasileiros descobriram uma maneira de desfrutar de itens de luxo gastando menos. O mercado de compartilhamento de bens de alta sofisticação, como imóveis, aeronaves e barcos, passa por crescimento sem precedentes. Em 2020, a Prime You, uma das maiores empresas do setor, detectou um aumento de 50% nas vendas — um recorde. Entre os mimos oferecidos está a venda de imóvel de luxo conjugado com embarcação. Em dezembro, a Prime lançou um empreendimento desse tipo em Angra dos Reis.
A moda da degustação a distância
A pandemia estimulou novos hábitos de consumo — e, claro, os empreendedores atentos aproveitaram para faturar. Fenômeno recente é a degustação virtual de comidas e bebidas (principalmente vinho). Funciona assim: chefs, sommeliers e empresas enviam kits para a casa de clientes e os ensinam, em encontros virtuais, como preparar e consumir delícias gastronômicas, além de tintos e brancos. O Grupo Wine, de delivery de vinhos, é um dos precursores do movimento e diz que a tendência veio para ficar.
Rapidinhas
» Os profissionais brasileiros estão estressados. Segundo estudo da empresa de recrutamento Robert Half, 52% deles consideram que o equilíbrio entre qualidade de vida e trabalho piorou ou se manteve igual desde o início da pandemia. Além disso, 28% das companhias pesquisadas disseram que a saúde mental é a maior preocupação quando o assunto é gestão de pessoas.
» Um ícone da moda está com os dias contados: os casacos de pele Valentino. A marca italiana anunciou que não produzirá mais as peças a partir de 2022. A empresa decidiu seguir os passos de grifes como Prada, Versace e Gucci. Não vai demorar muito para que casacos de pele se tornem itens de museu.
» A companhia aérea Azul manteve a liderança do mercado doméstico brasileiro. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa fechou abril com 45,1% de share, à frente da Latam (28,5%) e Gol (26,09%). No mês, 2,6 milhões de passageiros voaram pelos céus do país, ou 561% a mais que um ano atrás, quando a pandemia fechou quase tudo.
» O aumento da demanda levou a montadora Volvo a abrir um novo turno em sua fábrica de caminhões pesados e semipesados em Curitiba (PR). Nos quatro primeiros meses do ano, as vendas de caminhões subiram cerca de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, o que é um sinal inquestionável da retomada.