O dólar oscila sem direção clara - ora em alta, ora em baixa -, refletindo a influência mista do mercado global e a expectativa com o resultado do mercado de trabalho em abril nos Estados Unidos, marcado para ser divulgado às 9h30 desta sexta. Os juros futuros abriram em leve alta e, há pouco, batiam máximas nesta manhã marcada por dois dados que surpreenderam.
O IBGE divulgou que as vendas no varejo caíram em março bem menos que o previsto pelos economistas em razão das restrições impostas ao comércio de bens e serviços após o agravamento da pandemia. As vendas caíram 0,6% em março ante fevereiro, fora do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que esperavam uma queda desde 13,70% a 2,30%, com mediana negativa de 5,60%.
Em comentário, o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, faz uma ponderação. Ele diz que, "apesar da queda mais modesta que o esperado, a variação trimestral é de queda relevante. Com os dados disponíveis de março temos o 1º trimestre de 2021 fechado e o recuo em relação ao 4º trimestre de 2020 foi de 4,28%".
Logo cedo, a FGV divulgou que o IGP-DI acelerou em abril ante março e surpreendeu todos analistas. O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 2,22% em abril, após um avanço de 2,17% em março. O resultado do indicador ficou acima do intervalo das previsões do mercado financeiro, desde 1,20% a 2,10%.
Às 9h22 desta sexta, o dólar à vista subia 0,27% aos R$ 5,2922. Na mínima foi aos R$ 5,2762 (-0,03%) e na máxima, a R$ 5,2952 +0,33%). Ante o peso mexicano, o dólar caía 0,24%. Ante a lira turca, subia 0,35%. O Dollar Index recuava 0,05%.