Câmbio

Dólar abre em alta com exterior em dia de CPI da Covid e início do Copom

No exterior, a moeda americana sobe perante as emergentes, divisas ligadas a commodities e também de economias desenvolvidas

A influência do mercado global de moedas prevaleceu na abertura do câmbio no Brasil e o dólar inicia esta terça-feira (4) em alta nos segmentos futuro e à vista. Na abertura, o dólar à vista subiu 0,86% e foi vendido a R$ 5,4655, quase cinco centavos de real acima do fechamento de ontem.
No exterior, a moeda americana sobe perante as emergentes, divisas ligadas a commodities e também de economias desenvolvidas. Ainda que a abertura do mercado local tenha sofrido influência direta do exterior, o foco do investidor tende a ficar na cena política doméstica. Além de hoje ser o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), analistas aguardam a CPI da Covid e também a leitura do relatório sobre a Reforma Tributária, prevista para hoje de tarde.
"O foco da semana serão as oitivas, na CPI da Covid do Senado, dos ex-ministros da Saúde do Governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello; do atual ministro, Marcelo Queiroga, e do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres", escreveu André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos. Mandetta (10h) dá seu depoimento na abertura da reunião hoje e, à tarde, será a vez de Nelson Teich (14h), que ficou poucas semanas na cadeira de ministro. Ainda pela manhã Guedes falará na audiência pública virtual da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.
Na tarde desta terça-feira, o relator da Reforma Tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deve ler parecer sobre as mudanças no sistema de impostos e contribuições. "Apesar da expectativa pela discussão da matéria em partes, como sugerido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, Ribeiro pode apresentar um relatório nos moldes em que vinha formulando, com elementos da PEC 45 e da PEC 110", escreve Perfeito.
Mais cedo, os juros dos Treasuries de mais longo prazo passaram a cair, à medida que os índices futuros das bolsas de Nova York acentuaram as perdas, a despeito de balanços trimestrais positivos da Pfizer e da ConocoPhillips. Serão conhecidos hoje indicadores dos EUA - dados da balança comercial (9h30) e das encomendas à indústria dos Estados Unidos no mês de março - e, à tarde, três dirigentes do Federal Reserve falarão em eventos. A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, participa de entrevista do WSJ perto do fechamento do mercado doméstico.
Às 9h20, o dólar à vista subia 0,94% aos R$ 5,4710 depois de marcar máxima aos R$ 5,4770. O juro da T-note de 10 anos recuava a 1,60140% e o do T-bond de 30 anos diminuía a 2,28185%. No mercado futuro de Nova York, o Dow Jones caía 0,39%, o S&P 500 recuava 0,52% e o Nasdaq se desvalorizava 0,82%. O Dollar Index estava em alta de 0,36%.