O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, ressaltou, no primeiro encontro on-line com agentes do mercado da sua gestão, na manhã desta sexta-feira (7/5), o lucro líquido da instituição, de R$ 4,9 bilhões (44,9% acima do obtido no mesmo período de 2020) e destacou querer deixar como legado “uma revolução digital e executar essa estratégia de fato e de forma mais rápida”. Ele lembrou, como já tinha anunciado em carta de apresentação aos funcionários, que a missão que recebeu do “Planalto é liderar o banco com eficiência e prestar atendimento de qualidade à população”.
Qualquer mudança nos rumos estratégicos da instituição, reiterou Ribeiro, tem que passar pelo crivo de conselhos internos. “Mas nesse momento, diante da pandemia, ainda não há programação nesse sentido”, afirmou. Outra meta, segundo o presidente do BB, é ampliar a base de clientes e reforçar o protagonismo da instituição em áreas como o agronegócio, micro e pequena empresas e no varejo, com pessoas físicas. Citou, ainda, a importância do treinamento – ele voltou a homenagear os funcionários que atuam nas agências - e qualificação da mão de obra e a continuidade da política de desinvestimento em ativos não essenciais.
Mudanças
Desde quando assumiu, no início de abril, Fausto Ribeiro fez mudanças radicais nas diretorias e vice-presidências do BB. Basicamente, retirou a maioria dos auxiliares do seu antecessor, André Brandão, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, principalmente pelos planos de demissão voluntária e de fechamento de agências. Questionado insistentemente sobre o assunto, e com o intuito de provar que essas alterações não irão interferir na governança, ele disse que “as mudanças são naturais em um processo de mudança de gestão e que o objetivo é buscar profissionais comprometidos e com muita experiência e competência”.
Fausto Ribeiro não quis comentar as várias reclamações dos executivos que saíram reclamando de interferência política no banco público. E disse que o objetivo é valorizar “a prata da casa”. Em relação a si próprio, mencionou que se sente altamente qualificado. “E os profissionais prata da casa têm as mesmas condições, e até mais, para fazer uma gestão transformadora. Minha chegada passou pelo Ministério da Economia, pelo presidente da República e de controles internos”, assinalou.
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