Merkel quer voltar à ortodoxia fiscal após a pandemia

Este mecanismo proíbe, em tempos normais, o governo de ter um déficit anual maior que 0,35% de seu PIB

A chanceler alemã Angela Merkel defendeu nesta quinta-feira (22/4) manter na Constituição de seu país o mecanismo existente de limitação estrita de déficits orçamentários, suspenso durante a pandemia e que alguns querem eliminar definitivamente.

"Mesmo que as consideráveis ajudas públicas sejam importantes durante a situação excepcional" da pandemia de covid-19, "há boas razões para que o dispositivo de freio ao endividamento conserve seu lugar na Constituição", declarou a chanceler em um discurso aos empresários.

Este mecanismo proíbe, em tempos normais, o governo de ter um déficit anual maior que 0,35% de seu PIB, contra um limite muito maior estabelecido por exemplo pela União Europeia, a um nível de 3% do PIB.

Esse "freio" foi levantado durante a pandemia e a Alemanha vai registrar um déficit superior a esse limite neste ano e no próximo.

Várias vozes, principalmente de esquerda, mas também no próprio campo conservador de Merkel, defendem suspender esta restrição, que impõe uma ortodoxia orçamentária.

Saiba Mais