A inflação em 12 meses no pais superou o teto da meta oficial em março, ao alcançar 6,1%, cifra que soma uma nova dor de cabeça para o governo, em meio a uma segunda onda trágica de coronavírus.
O IPCA deu um salto em relação aos 5,2% registrados em fevereiro, e ultrapassou a meta do Banco Central (BC), de 5,25%, o que torna quase certa a previsão de que o BC aumentará pela segunda vez consecutiva a taxa Selic em sua reunião de maio, apontam analistas.
O aumento da taxa básica de juros serviria para frear a escalada dos preços, mas também poderia limitar o crédito e dificultar ainda mais o crescimento de uma economia que já apresenta problemas, em meio à escalada de infectados e mortos pela Covid-19.
"O Banco Central está claramente preocupado com a inflação acima do teto da meta, e parece provável que aumente em outro 0,75 ponto percentual a taxa básica em maio", indicou a consultoria Capital Economics.
A inflação mensal ficou em 0,93%, maior valor para o mês de março desde 2015, informou o IBGE. A meta inflacionária do BC é de 3,75%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.