O mês de abril trouxe clima de otimismo para o setor industrial. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) desta segunda-feira (26/4), os indicadores de expectativa de demanda, de exportações, de compras de matérias primas e de empregados aumentaram em abril em relação a março. Permanecem acima da linha de 50 pontos desde julho de 2020, indicando otimismo por parte dos empresários industriais.
O indicador de evolução da produção também cresceu 3,4 pontos entre fevereiro e março, passando de 47,1 pontos para 50,5 pontos. Com isso, o indicador passou da linha divisória de 50 pontos, o que indica que a produção aumentou em relação ao mês anterior, após três meses de queda. Já o indicador de evolução do número de empregados, caiu 0,7 ponto em relação a fevereiro e chegou a 50,1 pontos. A proximidade do índice da linha divisória de 50 pontos indica estabilidade do número de empregados na indústria em relação ao mês anterior.
A CNI afirmou que, em resposta às expectativas positivas de demanda e exportações, as empresas também esperam aumentar suas compras de matérias primas e o número de trabalhadores. O índice de expectativa de compras de matérias primas aumentou 1,7 ponto em relação a março, enquanto o índice de expectativa do número de empregados aumentou 0,3 ponto.
O índice de intenção de investimento permaneceu estável em relação a março, oscilando de 55,8 para 55,7 pontos. Embora esteja mais baixo que o pico de 59,9 pontos alcançado em janeiro de 2021, o índice permanece acima da média histórica, de 50,1 pontos.
Apesar dos paramêtros de aquecimento da indústria e de expectativas se mostrarem positivos, a CNI destacou reclamações de piora na condição financeira de membros do setor no primeiro trimestre de 2021, com queda nos indicadores de satisfação com o lucro operacional, de satisfação com a situação financeira e de facilidade de acesso ao crédito.
O indicador de satisfação com o lucro operacional caiu 4,8 pontos no primeiro trimestre, passando de 50,3 pontos para 45,5 pontos. Com isso, o indicador fica abaixo da linha divisória de 50 pontos e passa a indicar insatisfação dos empresários com o lucro operacional de suas empresas. Mesmo com a queda, o indicador permanece acima da média histórica de 40,6 pontos.
Matéria-prima
No primeiro trimestre de 2021, a falta ou o alto custo da matéria-prima permanece como o principal problema da indústria, segundo a Confederação. Escolhido entre os três principais problemas por 67,2% dos empresários industriais, essa é uma queixa constante do setor desde o terceiro trimestre de 2020, e vem crescendo em percentual de citações: 57,8% no terceiro trimestre de 2020, 64,3%, no quarto, e, agora, 67,2%.
Além da escassez dos insumos, os empresários também reclamam da elevada carga tributária e da taxa de câmbio, citadas entre os três principais problemas da indústria por 33,4% e 31,0% dos empresários industriais, respectivamente. A demanda interna insuficiente aparece em quarto lugar, escolhida por 21,6%. Esse, no entanto, é o problema com maior crescimento de assinalações em relação ao quarto trimestre de 2020: alta de 6,9 pontos percentuais.
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