As exportações e importações da China dispararam em março - revelam dados divulgados nesta terça-feira (13/4), que refletem uma recuperação do comércio na segunda economia mundial, apesar da fraca base de comparação com março de 2020, quando a atividade do país estava paralisada pela pandemia.
As importações cresceram 38,1% em termos anuais no mês passado, informou o governo chinês. Trata-se de um aumento inédito desde fevereiro de 2017, mas que está "distorcido", segundo Iris Pang, do banco ING, pelos efeitos do coronavírus no comércio em março de 2020.
No mês passado, a China importou maciçamente componentes eletrônicos, de acordo com Pang. Isso sugere que Pequim se prepara para "uma possível guerra tecnológica entre China e Estados Unidos", ou pelo menos para novas tensões, "armazenando" componentes eletrônicos, sugere o economista Tommy Xie, do banco OCBC, com sede em Singapura.
Nos próximos meses, a alta das importações chinesas "vai continuar", graças à recuperação econômica do país, antecipa o analista Tommy Wu, da consultoria Oxford Economics.
Em relação às exportações, as vendas de produtos chineses no exterior aumentaram fortemente em março (+30,6%) em termos anuais.
Enquanto grande parte do mundo continua a ser atingido pela pandemia, as exportações chinesas se viram beneficiadas pela forte demanda por instrumentos médicos (+71% em relação a março de 2020) e por produtos farmacêuticos (+78%), de acordo com o analista Ken Cheung, do banco Mizuho.
O superávit comercial do gigante asiático foi de US$ 13,8 bilhões em março, seu nível mais baixo desde o início da pandemia, há um ano.
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