Um dos objetivos dos bancos é ampliar a concessão dos créditos que visam o financiamento de projetos sustentáveis, que, em 2019, respondiam por 22% do mercado brasileiro. O Itaú, por exemplo, quer liberar aproximadamente R$ 100 bilhões para financiamentos de impacto positivo, até 2025. A Caixa avalia os riscos ambientais dos projetos dos clientes e pode negar o empréstimo caso a atividade do solicitante gere impacto negativo no meio ambiente, na saúde e na segurança dos trabalhadores. E o Banco do Brasil (BB) quer financiar até R$ 125 bilhões em projetos de agricultura sustentável, R$ 15 bilhões como fomento às energias renováveis e R$ 20 bilhões em ações de desenvolvimento sustentável dos estados e municípios até 2025.
O BB também se comprometeu a apoiar a emissão de até R$ 30 bilhões de títulos verdes por empresas brasileiras, e aplicar pelo menos R$ 20 bilhões em fundos verdes nos próximos cinco anos. A ideia é levar empresas de outros setores, e também os investidores do país, ao mundo dos títulos ESG, que têm atraído cada vez mais investidores no mundo. O banco ainda se prepara para emitir os próprios papéis para o setor, como fez o Bradesco — que, no ano passado, captou R$ 1,2 bilhão por meio de um título verde que financia projetos de transição para uma economia menos intensiva em carbono.
O Santander, neste ano, assumiu o compromisso de neutralizar suas emissões de carbono até 2050, e ajudar seus clientes a fazer essa transição para uma economia zero carbono. Superintendente executiva de Sustentabilidade do banco espanhol, Karine Bueno explicou que sustentabilidade e geração de negócios são temas indissociáveis hoje em dia. “É preciso reconhecer que os temas sociais e ambientais fazem parte dos negócios. E há provas concretas disso”, afirmou. Karine disse que o Santander dobrou o seu portfólio de negócios verdes no último ano, passando de R$ 14 bilhões em 2019 para R$ 27 bilhões em 2020 — cifra que o banco ainda quer ampliar neste ano. (MB)