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Com pandemia, lucro da Caixa cai 37,5% e atinge 13,169 bilhões em 2020

O resultado do banco, contudo, já vem demonstrando uma reação e cresceu 15,8% no quarto trimestre

O lucro líquido da Caixa Econômica Federal caiu a R$ 13,169 bilhões em 2020. O resultado é 37,5% inferior ao de 2019 e reflete os efeitos da pandemia da covid-19 no banco, que, no entanto, já vem se recuperando desse baque: no último trimestre do ano passado, o lucro da Caixa cresceu a R$ 5,671 bilhões.

O balanço da Caixa foi divulgado nesta quinta-feira (18/3) e mostra que, apesar da retração de 37,5% no acumulado do ano, o lucro da Caixa cresceu 200% entre o terceiro e o quarto trimestres de 2020. O resultado do último trimestre do ano passado também é 15,8% maior que o do mesmo período de 2019 e será comentado nesta tarde pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que havia prometido entregar um lucro recorde em 2020.

Segundo o balanço da Caixa, a margem financeira do banco caiu 27,2% em 2020, mas registrou um crescimento de 10,8% no quarto trimestre do ano passado, puxada, sobretudo, pelas contratações de crédito, que elevaram as receitas de prestação de serviços do banco em 5,4% no quarto trimestre de 2020. Com isso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 15,18% em 2020.

Carteira de crédito

Mesmo diante da pandemia de covid-19, a carteira de crédito da Caixa cresceu 13,5% no ano passado, fechando o ano com um saldo de R$ 787,4 bilhões. Só no quarto trimestre, foram contratados R$ 112,6 bilhões em crédito na Caixa, o melhor resultado para esse período em cinco anos. O aumento reflete, sobretudo, a ampliação dos financiamentos à casa própria, além das concessões de crédito para saneamento e infraestrutura, micro e pequenas empresas, produtores rurais e pessoas físicas.

Por outro lado, a Caixa elevou em 3,4% as provisões contra devedores duvidosos em 2020, a R$ 11,1 bilhões, por conta da crise da covid-19. O banco ainda gastou R$ 34,7 bilhões em despesas administrativas, 5,1% a mais que em 2019. Afinal, em 2020, a Caixa coordenou o pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais e, também, lançou um programa de demissão voluntária, que deve trazer economia no longo prazo, apesar de ter aumentado as despesas administrativas no fim do ano.

"O crescimento de 5,1% apresentado no ano de 2020, em relação ao ano anterior, nas despesas administrativas reflete, em parte, os custos das ações que objetivaram o atendimento da população com os pagamentos do auxílio emergencial, que foi a maior ação de transferência de renda já realizada no Brasil, o Saque Emergencial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço — FGTS, o BEm e a antecipação do Abono Salarial do PIS; somado ao Programa de Desligamento Voluntário — PDV, lançado em novembro de 2020", diz o relatório de administração da Caixa.

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