O Brasil pós-pandemia vai exigir um movimento de união nacional nunca visto no país para reconstruir a economia e reduzir as desigualdades sociais. Governo, Congresso e Judiciário terão que deixar as diferenças de lado e priorizar o bem-estar da população, que viu o desemprego crescer, a inflação disparar e a pobreza ganhar contornos inaceitáveis. Também será necessário ampliar os investimentos em pesquisas e retomar um programa consistente de reindustrialização. O Brasil não pode mais ficar refém do fornecimento de insumos de países como China e Índia, como se viu nos últimos meses.
Para debater todas essas questões, o Correio promoverá, na próxima terça-feira, 23 de março, a partir das 14h30, o seminário on-line Desafios para o Brasil pós-pandemia com integrantes do Legislativo e do Executivo, renomados economistas e representantes da indústria, do varejo, da agricultura e da construção civil. A urgência do momento exige uma discussão ampla e apresentação de propostas que possam minimizar os estragos provocados pela maior crise sanitária em 100 anos. O país não pode repetir mais uma década perdida.
O novo coronavírus escancarou os problemas brasileiros. Deu cara a mais de 30 milhões de invisíveis por meio do auxílio emergencial. Mostrou que o país precisa de um plano consistente de crescimento econômico, com distribuição de renda. Deixou claro ao governo que não existem atalhos na condução da política econômica.
Potencial
Em 2020, devido a um conjunto acertado de medidas emergenciais, o Brasil conseguiu conter o desastre econômico provocado pela pandemia. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 4,1%, ante apostas inicias de tombo de até 10%. Mas é preciso avançar. Na última década, o PIB cresceu, em média, menos de 1% ao ano. Por conta disso, a renda per capita voltou aos níveis de 2009. O sistema educacional brasileiro é sofrível, o que joga para a baixo a produtividade da mão de obra. O Sistema Único de Saúde (SUS) mostrou sua relevância ao salvar milhões de vidas durante a pandemia, mas precisa ser aprimorado.
Portanto, tarefas não faltam para ser executadas. O Brasil, todos sabem, tem um grande potencial. O problema é que, ao longo dos anos, fez escolhas erradas, afastou o investimento produtivo e estimulou a insegurança jurídica. Mas não há mais espaço para erros. Um futuro promissor esperado por todos precisa chegar — e rápido.
O debate, realizado em parceria com o Sebrae, poderá ser acompanhado por meio do site correiobraziliense.com.br e de todas as redes sociais do jornal. A abertura do evento está a cargo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (a confirmar). O encerramento será feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O primeiro painel contará com representantes do setor produtivo. O segundo, com renomados economistas (leia a programação ao lado).
Programação
O seminário será transmitido pelo site do Correio e por meio de todas as redes
sociais do jornal, a partir das 14h30, no dia 23 de março, terça-feira
» Abertura
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Arthur Lira, presidente da Câmara (a confirmar)
» 1º painel
José Carlos Martins, presidente da CBIC
Renato da Fonseca, economista-chefe da CNI
Fábio Bentes, economista sênior da CNC
Fernanda Schwantes, economista da CNA
» 2º painel
Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse
Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica para a América Latina do Goldman Sachs
Tony Volpon, estrategista-chefe da WHG e ex-diretor do Banco Central
» Encerramento
Paulo Guedes, ministro da Economia
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