Agência Estado
postado em 18/03/2021 10:35
O dólar opera em baixa nesta quinta-feira, como previsto pelo mercado, reagindo ao choque inesperado da Selic pelo Copom ontem à noite. O Banco Central elevou a Selic em 75 pontos-base, a 2,75% ao ano, e sinalizou outro aumento na mesma magnitude em maio, o que tende a reduzir a necessidade de aperto maior em 2022, ano de eleição presidencial.
Mas o dólar já reduz as perdas intradia, de olho na alta dos juros dos Treasuries longos, que volta a dar impulso à moeda americana no mundo, após o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) indicar que não pretende elevar juros até o fim de 2023.
Além disso, operadores destacam que o BC reforçou preocupações com o risco fiscal, uma vez que não há garantias de que a dívida pública não sairá do controle. E há ainda a crise sanitária no País em seu pior momento, que deve retardar a recuperação da economia em cenário de inflação alta em meio à falta de insumos à indústria e agronegócio, aumento de combustíveis e dólar ainda forte frente o real.
No exterior, o dólar se fortaleceu mais ante a libra, após o Banco da Inglaterra (BoE) anunciar decisão de manter sua taxa básica de juros inalterada em 0,10%, além de seu programa de relaxamento quantitativo em 895 bilhões de libras.
Às 9h16 desta quinta, a moeda britânica recuava a US$ 1,3941, de US$ 1,3972 no fim da tarde de ontem, enquanto euro cedia a US$ 1,1936, de US$ 1,1985 e o dólar subia a US$ 109,09 ienes, ante 108,84 ienes no fim da tarde de ontem. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais fortes, ganhava 0,27%, a 91,692 pontos. No mesmo horário acima, o dólar à vista caía 1,58%, a R$ 5,4980. O dólar futuro de abril cedia 1,53%, a R$ 5,50.
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