O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), fundado pelos países do grupo Brics — composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, informou, nesta terça-feira (9/2), o desembolso de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) em apoio às ações do governo brasileiro no combate à covid-19 e seus impactos socioeconômicos no país.
O financiamento foi aprovado em julho de 2020 e será destinado ao Ministério da Cidadania, de acordo com a assessoria do NDB. A pasta é comandada por Onyx Lorenzoni, que está de malas prontas para assumir a Secretaria-Geral da Presidência.
Procurado, o Ministério da Cidadania informou que os recursos liberados pelo Banco dos Brics "serão destinados ao reembolso de despesas de custeio do auxílio emergencial realizadas em 2020, aprovado pela Lei 13.982/2020". "O financiamento foi autorizado pelo Senado Federal em dezembro de 2020, por meio da Resolução No. 21, publicada no Diário Oficial da União no dia 17 de dezembro", acrescentou a pasta
O montante integra os US$ 4 bilhões de empréstimos emergenciais realizados pelo país, no ano passado, junto a outros cinco bancos multilaterais e agências internacionais de desenvolvimento (BID, Banco Mundial, CAF, ADF e KFW). Os recursos devem ser destinados a programas sociais, de integração com políticas públicas de saúde, educação e emprego, com o objetivo de mitigar os efeitos do novo coronavírus.
Esse empréstimo do NDB "faz parte de um programa de US$ 10 bilhões da instituição voltado à luta contra a pandemia, dos quais US$ 2 bilhões são destinados ao Brasil". Desse montante, US$ 1 bilhão, liberado nesta terça-feira, será destinado para a área social. O US$ 1 bilhão restante, já aprovado, está em trâmite para o desembolso.
Retomada
A carteira de projetos aprovada pelo NDB, fundado em 2014 e atualmente presidido por um brasileiro, o economista e diplomata Marcos Troyjo, ex-secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, para o Brasil soma US$ 5 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões).
Os recursos buscam promover a retomada da economia, com investimentos nas áreas de rodovias, ferrovias, transporte urbano, energia renovável, educação, água e saneamento, dentre outros setores de infraestrutura.