O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (8/2) que o ideal para diminuir o preço dos combustíveis é o preço do dólar cair. A declaração foi dada durante o lançamento da plataforma Participa + Brasil, em cerimônia no Palácio do Planalto.
"Jamais tabelaremos seja o que for. Jamais praticaremos qualquer intervenção. O ideal, como tenho conversado com o prezado Roberto Campos Neto [presidente do Banco Central], é o dólar baixar. Mas baixa como? Com o parlamento, em grande parte, colaborando na votação de projetos que possam mostrar que temos responsabilidade. Com essa responsabilidade, o dólar baixa quase automaticamente”, apontou.
O chefe do Executivo relatou que se reuniu com uma equipe de ministros para falar sobre o assunto. "Temos problemas, a gente busca a solução o duro é tentar resolver sozinho e não poder contar com um braço amigo para poder te ajudar nesse momento. Como hoje estivemos reunidos aqui com a equipe do Paulo Guedes vendo esse impacto do novo reajuste do combustível no qual nós não temos como interferir e não pensamos em interferir na Petrobras”, emendou.
A partir desta terça-feira (9/2), o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,25 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,17 por litro no preço de venda. Por sua vez, o preço médio de venda de diesel passará a ser de R$ 2,24 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,13 por litro. O valor do gás de cozinha também sofreu alteração.
Bolsonaro afirmou ainda que convidou o ex-presidente e atual senador Fernando Collor (Pros-AL) para participar da reunião."Apareceu o senhor Fernando Collor para tratar de outro assunto, em outro local, convidamos para a reunião. Ele participou de grande parte da mesma e nos deu sugestões. Sugestões bem-vindas e acolhidas por nós e, dessa forma, nós vamos governando", contou. O presidente também teceu elogios aos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
Mais cedo, a apoiadores, o mandatário ressaltou que o novo reajuste dos combustíveis iria gerar "chiadeira com razão".