Os saques da poupança bateram recorde em janeiro. Dados divulgados nesta quinta-feira (4/2) pelo Banco Central (BC) mostram que, no mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 18,153 bilhões na caderneta de poupança.
A retirada de R$ 18,153 bilhões é fruto de um total de R$ 263,062 bilhões de saques e de R$ 244,908 bilhões de depósitos. E é a maior da série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. Até então, a maior saída líquida havia sido registrada em janeiro do ano passado, quando a poupança registrou uma retirada líquida de R$ 12,356 bilhões.
Os saques recordes da poupança coincidem com o fim do auxílio emergencial, que ajudou a aumentar os depósitos e o saldo da poupança durante o ano passado, mas chegaram ao fim em 31 de dezembro. Aliado à maior cautela financeira causada pela pandemia de covid-19, o auxílio levou a caderneta de poupança a bater a marca de R$ 1 trilhão em setembro do ano passado.
O resultado negativo ainda interrompe uma sequência de 10 meses positivos na poupança. É que, desde março de 2020, a caderneta vinha registrando mais depósitos do que saques no acumulado mensal. Janeiro, contudo, costuma ser um mês de mais saques do que depósitos na poupança, por conta das obrigações financeiras de início de ano, como IPTU e IPVA.