Uma missão do governo federal visitará cinco países, a partir de hoje, que detêm a tecnologia 5G — Suécia, Finlândia, Coreia do Sul, Japão e China. O objetivo é conhecer os modelos internacionais para saber qual tem melhores condições de ser adaptado e desenvolvido no Brasil. O anúncio foi feito, ontem, pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, no Palácio do Planalto. “Visitaremos todas as empresas, conversaremos com os CEOs, faremos reuniões governamentais com ministros de telecomunicações e, em alguns países, com os de infraestrutura”, explicou.
Segundo Faria, a rede privativa prevista no edital, que incluirá toda a administração pública e as Forças Armadas, será oferecida aos poderes Legislativo e Judiciário, além da Procuradoria-Geral da República. Quem vai operá-la será escolhido com base em critérios de técnica e preço. “Se houver necessidade, faremos alteração no decreto, porque o de 2017 determina que quem faz a administração da política pública é a Telebras. Quem vai administrar e operar a rede pode ser uma empresa privada que atenda a todos os requisitos, como ocorre no mundo inteiro e iremos visitar”, disse.
Faria lembrou dos pontos importantes incluídos na portaria do Ministério das Comunicações, que deverão ser contemplados no edital do leilão de 5G. “Entre as obrigações estão o Norte Conectado, 4G para todas as localidades acima de 600 habitantes, fibra óptica nos municípios que ainda não têm acesso –– são 1.254 –– e rede móvel em rodovias federais. São 48 mil km que não têm conectividade”, enumerou.
Tribunal da Contas
Os ministros do Tribunal de Contas da União que estarão na missão do governo são Bruno Dantas, Vital do Rêgo e Walton Alencar. Faria explicou que eles foram incluídos porque o TCU tem 150 dias para apreciar o edital, a ser elaborado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e devolvê-lo. “O TCU me adiantou que poderemos reduzir esse tempo para 60 dias. Então, economizamos 90 dias para adiantarmos o processo do leilão”, afirmou.
Além do próprio Faria e do secretário-executivo da pasta, Vitor Menezes, a comitiva contará com o Flavio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos do Palácio do Planalto. Representantes do Ministério de Relações Exteriores e um general do Ministério da Defesa, especialista em cibersegurança, completam a missão, que retorna ao Brasil em 13 de fevereiro.