CNT faz apelo por atenção ao transporte
Ao parabenizar Arthur Lira e Rodrigo Pacheco pela vitória nas eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a Confederação Nacional de Transporte (CNT) se juntou ao clamor nacional por aprovação de medidas que destravem a economia. A CNT lembra que o setor é fundamental para a retomada econômica e mostrou-se essencial, particularmente no momento de vacinação nacional. A Confederação entende ser essencial reduzir o Custo Brasil, modernizar os marcos regulatórios, fomentar a multimodalidade e sanear as contas públicas a fim de permitir a entrada de mais investimentos no setor. De fato, em um momento crítico como o atual, o investimento para melhorar a infraestrutura e logística nacional se torna uma questão estratégica, vital para salvar vidas e colocar a economia no prumo.
Preocupação
Uma pesquisa realizada pela Amcham Brasil revela que os dois maiores riscos para a recuperação econômica brasileira em 2021 são a morosidade das reformas propostas ainda em 2019 pelo ministro Paulo Guedes e a lentidão no programa de vacinação nacional contra a covid-19. O levantamento ouviu 280 empresários e executivos. Além de indicar esses dois fatores (com 71% e 40%, respectivamente) como essenciais para o futuro próximo, os entrevistados manifestaram preocupação com a segunda onda de contaminação (29%); o isolamento político brasileiro no cenário internacional (22%); a escassez de crédito e fuga de investimento estrangeiro direto (20%).
Tempos difíceis
A maré não está para peixe com as gigantes da indústria do petróleo, que enfrentam queda na cotação internacional e a pressão por produção de energia limpa. A ExxonMobil anunciou ontem prejuízo de US$ 20,1 bilhões no quarto trimestre de 2020. No acumulado do ano, o prejuízo da empresa totalizou US$ 22,4 bilhões, após ter registrado lucro de US$ 14,3 bilhões em 2019. A gigante britânica de petróleo e gás BP, por sua vez, relatou prejuízo de US$ 20,3 bilhões. Mesmo desempenho ruim revelou a Chevron, com perda de US$ 5,5 bilhões no ano passado.
Novas metas
A fim de reagir ao cenário, a ExxonMobil decidiu ampliar investimentos em energia limpa. Criou uma filial voltada para o desenvolvimento de energias menos poluidoras. E planeja investir um total de R$ 3 bilhões até 2025 em soluções energéticas menos poluentes. Além de reorientar investimentos, a empresa executa desde o ano retrasado um plano de redução de 15% do quadro de funcionários até o final de 2022.
Mineração reage
O setor de mineração registrou um faturamento de R$ 209 bilhões em 2020, resultado 36% superior ao de 2019. Esse avanço ocorreu em razão da alta de preços e do câmbio. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o faturamento atingiu R$ 83 bilhões no quarto trimestre, ante quase R$ 51 bilhões no 3º trimestre — em uma alta de 63,6%. A produção mineral subiu 2,5%, para 1 bilhão de toneladas, de 985 milhões de toneladas registrada um ano antes. A previsão de investimentos para o período 2020-2024 subiu no final do ano, para US$ 38 bilhões, contra a estimativa de US$ 34,5 bilhões feita no início de 2020.
Bezos se move
Magnata da tecnologia e um dos ícones da revolução 4.0, Jeff Bezos vai deixar o comando da Amazon, mas ainda continuará com papel ativo na empresa. Ele cede lugar a Andy Jassy, presidente da Amazon Web Services, nas funções de CEO. “Pretendo concentrar minhas energias e atenção em novos produtos e iniciativas iniciais. Andy é bem conhecido dentro da empresa e está na Amazon há quase tanto tempo quanto eu. Ele será um líder notável e tem toda a minha confiança”, escreveu Bezos.
"A Amazon é o que é por causa da invenção. Nós fazemos coisas malucas juntos e depois as tornamos normais”
Jeff Bezos, ao anunciar aos colaboradores que vai se dedicar ao desenvolvimento de novos produtos
Trabalho em casa
O home office concentrou R$ 32 bilhões do total de rendimentos do trabalho em novembro de 2020, o correspondente a 17,4% dos R$ 183,5 bilhões da massa de rendimentos efetivamente recebida por todos os ocupados no país. O cálculo foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo a pesquisa, 7,3 milhões de pessoas trabalham no regime remoto — equivale a 9,1% dos 80,2 milhões de ocupados e não afastados no país. Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo são as unidades da Federação que concentram os maiores percentuais de pessoas em home office: 20%, no DF; 15,6% no RJ; e 13,1% em SP. Os menores percentuais se referem a Pará (3,1%), Amazonas (3,5%) e Mato Grosso (3,8%).