MERCADO

Bolsa tem reação positiva às eleições no Congresso

Ibovespa sobe 0,61% e dólar recua 1,74%. Investidores estão otimistas com a possibilidade de avanço das reformas econômicas

Após a escolha dos novos presidentes das duas casas do Congresso Nacional, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou o pregão de hoje com variação positiva. Nesta terça-feira (2/2), o Ibovespa principal indicador dos negócios subiu 0,61% fechando aos 118.233 pontos. O dólar comercial apresentou queda de 1,74%, terminando a sessão cotado a R$ 5,355 para venda.

No exterior as bolsas também operam em alta. Em Londres, o FTSE-100 — índice de referência do mercado de ações britânico — avançou 0,78%, enquanto as bolsas de Paris e de Frankfurt tiveram alta de 1,86% e 1,56%, respectivamente. Nos Estados Unidos o S&P 500 subiu 1,39%; o Dow Jones, 1,57% e o Nasdaq, 1,56%.

A vitória de Arthur Lira (PP-AL) para presidir a Câmara dos Deputados e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como novo presidente do Senado Federal teve resposta positiva dos investidores. A expectativa de uma melhor articulação do Congresso com o Planalto anima o mercado. Além disso, a possibilidade de pautas como as reformas tributária e administrativa receberem maior atenção com os novos presidentes das duas casas é bem vista pelos investidores.

O estrategista-chefe da Santa Fé Investimentos, Fábio Focaccia, aponta que as eleições renovaram as esperanças do mercado e podem atrair novos investidores. “Muito já se fala sobre o que vai acontecer daqui para frente: a independência do Banco Central, as reformas tributária e administrativa, a unificação de impostos e como vai se portar o governo com relação ao auxílio emergencial. Eu acho que o mercado, como um todo, gostou, o Ibovespa teve variação positiva e o dólar está caindo bastante, o que mostra a volta de uma parte de confiança dos investidores”, afirmou.

Fábio conta com maior possibilidade de o Congresso trabalhar em conjunto com o Planalto e fazer avançar propostas do ministro da Economia, Paulo Guedes. Além disso, o estrategista avalia que o real será fortalecido. “A gente acha que o Brasil está bem defasado em relação a outros mercados, principalmente em relação a mercados emergentes. O Brasil está, desde o começo do ano passado, em relação à moeda, apanhando bastante, e agora, com a definição (dos novos presidentes) do Senado e da Câmara, o real tende a se fortalecer novamente”, concluiu.

*Estagiárias sob supervisão de Odail Figueiredo

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