Mercado

Bolsa de valores opera em queda e dólar sobe, em dia de alta volatilidade

A principal causa dos altos e baixos na bolsa são as incertezas em torno de possíveis mudanças na política de preços da Petrobras e riscos ao ajuste fiscal, com novo auxílio prometido pelo governo

 Natália Bosco*
postado em 26/02/2021 15:04 / atualizado em 26/02/2021 15:07
 (crédito: Divulgação/Semtran RJ)
(crédito: Divulgação/Semtran RJ)

Pregão com volatilidade provoca queda do Ibovespa, principal índice de lucratividade da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Até o início da tarde desta sexta-feira (26/02), o índice sofreu altos e baixos. Iniciou com alta, zerou ganhos, voltou a subir e agora está negativo. O mercado tem demonstrado desconforto desde o anúncio de mudança na administração da Petrobras.

Além do recuo nas ações da estatal, reflexo da incerteza sobre uma possível mudança na política de preços da empresa, as ações da Vale também movimentam o mercado. Isso porque o resultado do quarto trimestre de 2020 da mineradora tem gerado diferentes interpretações. A Vale divulgou um lucro líquido de US$ 739 milhões no último trimestre. No ano, o lucro da Vale totalizou US$ 4,88 bilhões. O valor está abaixo da projeção de US$ 6,56 bilhões dos analistas. 

O campo político também gera reações na bolsa. Na noite da quinta-feira (25/02), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou em uma live que o novo auxílio emergencial se estenderá por quatro meses num valor de R$ 250 e que voltará a partir de março. A discussão em torno do auxílio também vinha gerando muita especulação e movimentação nas ações dos investidores.

Além disso, aconteceu a alteração no cronograma de tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que prevê medidas de ajuste fiscal e cria mecanismos para a retomada do auxílio emergencial. A leitura e a discussão do parecer ocorrerão na terça-feira (02/03), e a votação, em dois turnos, no dia seguinte (03/03).

Nos Estados Unidos, projeções de inflação mais alta puxam rendimento dos títulos americanos de longo prazo para cima e forçam onda de realizações na bolsa. Enquanto isso, o dólar comercial apresenta alta de 0,79% a R$ 5,5558 na compra e a R$ 5,5573 na venda.

*Estagiária sob supervisão de Simone Kafruni

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