O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou, nesta sexta-feira (26) que as empresas que vencerem o leilão das faixas de frequência do 5G no Brasil terão de implantar a tecnologia até julho do ano que vem. A data limite foi definida pelos conselheiros da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A partir de agora, o governo deverá definir o preço dos lances dos blocos que serão leiloados. A expectativa é de que isso ocorra ainda no primeiro semestre deste ano. Para isso, o Tribunal de Contas da União (TCU) precisa analisar a oferta em até 150 dias, e julgue em 50 dias.
A internet 5G vai permitir um salto tecnológico no país, aumentar a velocidade de navegação na tecnologia móvel em até 20 vezes, quando comparado ao 4G e reduzir o tempo de latência. A latência é o lapso temporal entre o comando e a resposta do sistema informatizado.
“É um marco para o desenvolvimento do país. É um padrão tecnológico mais elevado para os serviços móveis. O 4G foi feito para as pessoas, veio com áudio e vídeo. O 5G vem para as empresas, para as indústrias, que darão um salto de velocidade jamais visto. Não é apenas um salto de 100 vezes a velocidade, mas uma conexão de toda a empresa, de todos os serviços”, disse o ministro Fábio Faria, que participou de uma missão em países fornecedores de infraestrutura para o 5G.
O leilão será de frequências do espectro eletromagnético, que se trata do espaço nas ondas de radiação para transmissão de dados. O leilão vai ofertar quatro faixas: 700 MHz, que será divida com o 4G num primeiro momento; 2,3 GHz, também dividida com o 4G inicialmente; 3,5 GHz, com a rede exclusiva de 5G voltada para o consumidor final; e a faixa de 26 GHz, rede pura de 5G para banda larga fixa.
Além de garantir muito mais velocidade de conexão para os usuários, a internet 5G vai garantir um salto tecnológico para grandes fábricas e empresas. A tecnologia permitirá a operacionalização de todos os sistemas das empresas, e a interação, de forma eficiente, de diferentes objetos inteligentes, como monitores de TV, caixas de som, redes de inteligência artificial, robôs em fábricas com comandos de centrais de processamento, eletrodomésticos inteligentes, bancos de dados, etc.
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