Dólar sobe 1,7%, apesar do BC

postado em 25/02/2021 23:18

O mercado financeiro viveu um dia nervoso ontem. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), terminou o dia com queda de 2,95%, aos 112.256 pontos, e o dólar subiu 1,72%, para R$ 5,51, mesmo depois de o Banco Central (BC) vender US$ 1,335 bilhão das reservas internacionais para tentar conter a escalada da moeda.

Depois de abrir em alta, o mercado virou por conta do risco político e das dificuldades fiscais que rondam o país. Investidores observam com preocupação, por exemplo, a possibilidade de que a PEC Emergencial seja fatiada para acelerar a volta do auxílio emergencial, pois temem que o ajuste fiscal, prometido como contrapartida para o benefício, não saia do papel.

Também pesou no mercado a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a Petrobras, tanto que os papéis da empresa saíram de uma alta de 4% para um tombo de quase 5%.

O cenário externo só aumentou o estresse. É que, diante dos estímulos à economia americana e da subida das commodities, o mercado passou a precificar uma alta da inflação e dos juros americanos. Isso elevou as taxas dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, o que fez muitos investidores levarem seus recursos para os Estados Unidos, fortalecendo o dólar em todo o mundo. No Brasil, a moeda saiu dos R$ 5,43 para R$ 5,51 mesmo diante da intervenção do BC, que anunciou dois leilões de US$ 1 bilhão cada na tarde de ontem. (MB)

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