NEGOCIAÇÃO

Grupo Eleva, de Lemann, compra 51 escolas da Cogna, dentre elas o Sigma

Acordo ainda está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

Sarah Teófilo
postado em 25/02/2021 16:47 / atualizado em 25/02/2021 19:40
 (crédito: Google/Reprodução)
(crédito: Google/Reprodução)

O grupo Eleva Educação fechou um negócio com a Cogna Educação (organização educacional brasileira formada pelas instituições Kroton, Platos, Saber e Vasta Educação/Somos Educação) para a aquisição de 51 escolas, dentre elas 46 do Saber, rede dedicada à educação básica. O anúncio foi feito pela Eleva, que tem entre os sócios o empresário bilionário Jorge Paulo Lemann, pelas redes sociais. Dentre as escolas está o Sigma, no Distrito Federal.

“Ontem (segunda-feira) foi um dia histórico para o Eleva Educação. Temos muito orgulho de anunciar que realizamos o maior acordo comercial de educação básica do Brasil! Esse acordo prevê a compra das 46 escolas da Saber Educação, consolidando o Eleva como o maior grupo de educação básica do país: 120 mil alunos distribuídos em 175 unidades que estão localizadas em 16 estados”, informou a Eleva na última terça-feira (23/2) pelo Facebook.

CEO do Eleva Educacao, Bruno Elias afirmou: “A aquisição das escolas da Saber é uma oportunidade única para darmos foco e expandirmos o nosso core business de forma estratégica”. O acordo ainda precisa passar pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Já o CEO da Cogna, Rodrigo Galindo, comemorou a negociação, dizendo se tratar do maior acordo da educação básica do Brasil. Na operação, a Cogna ainda adquiriu a Plataforma de Ensino Eleva. "A operação nos permitirá levar nossas metodologias de ensino a ainda mais estudantes em todo o país e a cumprir com a missão que temos de revolucionar a Educação Básica. Quando investimos em educação, investimos no futuro, na construção de uma sociedade mais justa e íntegra", afirmou.

Em nota, o colégio Sigma disse que "as estruturas e as operações das escolas serão mantidas, sem qualquer mudança". "Esse movimento está alinhado ao nosso compromisso com a autonomia pedagógica, com a qualidade educacional e com o respeito à diversidade de valores e metodologias. A operação reflete e reforça o comprometimento da Saber e da Cogna com o futuro de suas escolas, transformando a vida de seus alunos por meio da educação de qualidade", pontuou.

O Sigma ressaltou, ainda, que o grupo Eleva "é a maior rede de educação básica do país e tem um DNA exclusivamente direcionado para este segmento, com histórico de excelência acadêmica e um portfólio de escolas voltadas para a formação global do cidadão, além de altos índices de aprovações nacionais e internacionais".

"O Grupo investe fortemente em formação de professores e colaboradores e em currículos e tecnologias conectados com o mundo atual, em busca das melhores e mais modernas práticas de aprendizagem. Seu foco é na elaboração de currículo e no acompanhamento de todos os tipos de dados dos alunos, para entregar um ensino cada vez mais atual, completo e individualizado", afirmou.

E completou: "Salientamos que nossa missão de perpetuar a excelência do Colégio Sigma se mantém e nosso trabalho conduzido até aqui junto às famílias, aos responsáveis e aos alunos será aperfeiçoado ainda mais diante das possibilidades que se abrem".

Leonardo da Vinci

Para sanar dúvidas, o Centro Educacional Leonardo da Vinci de Brasília enviou às famílias dos alunos um informativo falando que a transação entre os dois grupos envolve o Centro Educacional Leonardo da Vinci da cidade de Vitória, e não o de Brasília. “O Centro Educacional Leonardo da Vinci de Brasília não tem qualquer relação com a referida escola capixaba e não faz parte dessa negociação comercial”, explicou.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação