A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) caiu 4,87% nesta segunda-feira (22/2), puxada pelas ações da Petrobras, que despencaram mais de 20%, por conta da decisão do presidente Jair Bolsonaro de mudar o comando da empresa. Com isso, o dólar fechou em alta de 1,26%, a R$ 5,45.
As perdas foram sentidas durante todo o dia na B3, com o mercado temendo que a mudança na Petrobras abra o caminho para novas interferências políticas que afetem a rentabilidade das estatais brasileiras. Por isso, também atingiram empresas como o Banco do Brasil e a Eletrobras e fez o Ibovespa bater nos 111 mil pontos na mínima do dia.
O resultado foi um baque de 4,87% no principal índice da B3. É a maior queda desde 23 de março do ano passado, quando o mercado digeria o início da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento social no Brasil. Com isso, o Ibovespa fechou o dia nos 112.667 pontos.
Na Petrobras, o tombo foi de 21,51% nas ações preferenciais e de 20,48% nas ações ordinárias. As ações já haviam caído mais de 6% na sexta-feira, mas derreteram nesta segunda porque a venda das ações da Petrobras foi recomendada por diversos gestores depois que Bolsonaro confirmou a troca no comando da estatal.
O temor dos investidores é de que haja novas mudanças na política da Petrobras, que façam a empresa reduzir sua lucratividade. Por isso, os papeis da empresa, que eram negociados por cerca de R$ 29 até a semana passada, já estão na casa dos R$ 21. Com isso, a Petrobras já perdeu quase R$ 100 bilhões em valor de mercado desde sexta-feira.
A segunda maior queda do pregão foi a do Banco do Brasil (BB). Os papeis do banco caíram 11,65% e são negociados a R$ 28,83, pois os investidores temem que a presidência do BB seja o próximo alvo das interferências de Bolsonaro.
Já o dólar fechou o dia a R$ 5,45, mesmo depois de o Banco Central (BC) intervir no mercado. A moeda chegou a bater R$ 5,51 logo após a abertura do mercado. Por isso, o BC vendeu US$ 1 bilhão em contratos de swaps cambiais para tentar conter a desvalorização do real, o que amenizou a escalada do dólar no fim do dia.
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