A mesma chuva que promete fazer estragos, neste final de semana, no Distrito Federal, para o produtor rural é altamente positiva. Foi o que garantiu Denise Fonseca, presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), entrevistada ontem no CB.Agro — programa realizado em parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília.
“Vocês lembram da crise hídrica, em 2017? Agora, nossos canais, graças ao governo do Ibaneis (Rocha, governador), que fez a reforma dos canais, estão cheios. Com mais chuva, mais cheios ainda, o que evita que tenhamos crises hídricas no futuro”, afirmou.
Mas o excesso pluviométrico não pode vir desacompanhado da assistência e do desenvolvimento técnico da Emater-DF. Chuva demais prejudica a produção, conforme salientou Denise, e há tecnologias muitas vezes simples, mas capazes de proteger a cultura que está sendo cultivada. Em acréscimo a isso, a entidade desenvolveu o programa Produtor de Água.
“Quando plantamos, reflorestamos os lugares que estavam vazios e captamos água porque existe o lençol freático. Assim, o trabalho da Emater-DF de reflorestamento é de capacitar o nosso lençol freático e criar um abastecimento natural. Porque, se essa chuva se for só no asfalto, se escoa, alaga tudo e vira aquele problema que conhecemos”, explicou.
Segundo Denise, a produção no DF –– e no Brasil –– assumiu uma posição de liderança porque tornou-se um setor em que a mulheres conquistaram um amplo espaço. “Sou a primeira mulher a estar à frente da empresa e tenho muito orgulho disso. Há 22 anos, sou funcionária da Emater-DF. As mulheres que estão à frente da produção rural são mais inovadoras que os homens e estamos muito felizes com a atuação delas”, destacou.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
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