O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta segunda-feira (8/2) que o auxílio emergencial deverá ser prorrogado. A declaração ocorreu durante entrevista com o jornalista Datena e diverge de declarações feitas por ele próprio sobre o assunto até o fim de janeiro.
"Eu acho que vai ter uma prorrogação. Você pode ver: foram cinco meses de R$ 600 e quatro de R$ 300. O endividamento chegou na casa de R$ 300 bilhões. Isso tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal", apontou.
Porém, o mandatário ressaltou que é necessário ter responsabilidade para não piorar a crise financeira do país. "Tem que fazer com responsabilidade. Se você não fizer com responsabilidade, você acaba tendo a desconfiança do mercado, aumenta o dólar e impacta no preço do combustível. Vira uma bola de neve", completou.
Ele observou ainda que o auxílio passará por uma linha de corte: "Agora, tem a pressão? Tem. O que está sendo estudado: uma linha de corte. Foram 68 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial. Até quando a gente pode bancar isso daí?", questionou.
Limite do endividamento
Mais cedo, durante cerimônia de lançamento da Plataforma + Brasil, Bolsonaro reforçou que analisa a medida junto aos outros ministros.
"Estamos negociando com Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes, (Rogério) Marinho, entre outros, a questão de um auxílio ao nosso povo que está ainda em uma situação bastante complicada. Sabemos que estamos, Paulo Guedes, no limite do nosso endividamento e devemos nos preocupar com isso", emendou.Por fim, ele relatou que a legislação será respeitada. "Temos um cuidado muito grande com o mercado, com os investidores e com os contratos, que devem ser respeitados. Nós não podemos quebrar nada disso, caso contrário não teremos como garantir que o Brasil será diferente lá na frente", destacou ele.
O valor da continuidade do benefício deverá ficar entre R$ 200 e R$ 300, pago em três novas parcelas.
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