O presidente Jair Bolsonaro apelou a caminhoneiros para que não façam greve na próxima semana. “Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder. Todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil. Estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste”, disse o presidente. A declaração foi feita após reunião no Ministério da Economia, ontem. Ainda segundo o mandatário, o governo estuda medidas para compensar a classe pelo aumento nos preços do diesel.
“Estamos estudando medidas. Agora, não tenho como dar uma resposta de como diminuir o impacto que, na verdade, foi de R$ 0,09 no preço do diesel. Mas, para cada centavo no preço do diesel, que, porventura, nós queremos diminuir, no caso, PIS/Cofins, equivale buscarmos em outro local R$ 800 milhões. Então, não é uma conta fácil de ser feita”, disse Bolsonaro. O presidente disse também que gostaria que o ICMS, imposto de competência dos estados, diminuísse.
Na terça-feira, a Petrobras informou que o preço médio do diesel passará a ser de R$ 2,12 por litro nas refinarias, uma alta de R$ 0,09 por litro, ou quase 4,5%. O aumento reacendeu a ameaça de greve dos caminhoneiros. Até a semana passada, associações e federações da categoria diziam que apenas um grupo minoritário incentivava o movimento. Com o reajuste do combustível, o descontentamento dos profissionais aumentou e áudios começaram a circular nas redes sociais com mensagens cogitando da paralisação. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou que apoiará a eventual greve dos caminhoneiros.