A vacinação em massa é um fator decisivo para o bom desempenho da economia brasileira, segundo o ministro Paulo Guedes. O chefe da pasta de Economia garantiu que o governo federal está empenhado em trazer todas as vacinas possíveis ao país e agradeceu a todos que estão colaborando com o processo, inclusive ao Instituto Butantan, que está desenvolvendo a CoronaVac no país junto ao estado de São Paulo.
Na primeira aparição pública este ano, Guedes repetiu nesta segunda-feira (25/1) que a economia brasileira está se recuperando em V da crise instalada pela pandemia de covid-19. Ele alegou que "a maior parte dos setores econômicos está com um Produto Interno Bruto (PIB) ligeiramente acima do que estavam quando fomos atingidos pela pandemia. Só alguns setores não conseguiram voltar". E afirmou que diversos indicadores econômicos também sugerem uma recuperação econômica acelerada.
O ministro apresentou nesta segunda-feira os dados da arrecadação federal no ano de 2020, quando foi constatada uma contração nominal de 3,75% da arrecadação de tributos e contribuições federais. E classificou esse resultado como "excelente, dada a situação". "Uma queda de 3,75% em termos nominais é uma queda branda ante a gravidade do fenômeno", disse Guedes, lembrando que, no início da pandemia, a arrecadação federal chegou a levar um tombo de 30%.
O ministro ressaltou que a vacinação em massa da população brasileira é crucial para que a economia continue se recuperando da crise da covid-19. "Começamos a vacinação em massa, que vai permitir o retorno seguro ao trabalho, pois economia e saúde andam juntas. A vacinação em massa é decisiva, é um fator crítico para o bom desempenho da economia mais à frente", afirmou. "Saúde e vacinação são fatores críticos de desempenho econômico. Para que a economia possa voar novamente, precisamos acelerar a vacinação em massa", acrescentou.
Guedes garantiu, então, que "o Brasil está tentando comprar todas as vacinas" disponíveis no mercado. Apesar das críticas do Ministério da Saúde às condições de contrato apresentadas pela Pfizer, ele garantiu que "a crítica de que estamos ficando com uma vacina só não cabe" e reclamou que "tem muita gente subindo em cadáver para fazer política, não é bom", apesar de não citar nomes.
O chefe da equipe econômica também demonstrou confiança na execução do plano nacional de imunização, dizendo que o país tem logística e capacidade para isso. Por isso, agradeceu a todos os envolvidos no processo de vacinação da população brasileira. "Estamos no país do Oswaldo Cruz. Parabéns ao Instituto Fiocruz, ao Butantan, à Anvisa. Parabéns às Forças Armadas, que estão ajudando na logística de distribuição e com louvor. Parabéns aos profissionais da saúde que estão na guerra da pandemia", concluiu Guedes, pedindo que todos se cuidem.
Pró-vacina
Apesar da resistência do presidente Jair Bolsonaro à vacinação contra a covid-19, o ministro Paulo Guedes já havia se mostrado favorável à vacinação no fim do ano passado. Para ele, este é será o capítulo mais importante da pandemia e, por isso, deve ser o foco do trabalho neste ano.
A equipe econômica, contudo, não se envolveu nas negociações diplomáticas que envolvem a importação de vacinas e insumos farmacêuticos nos últimos dias. Para Guedes, a tarefa da sua equipe é apenas liberar o dinheiro necessário para a compra, já que as negociações estão sendo conduzidas pelas pastas da Saúde e das Relações Exteriores.