O presidente Jair Bolsonaro evitou responder a um apoiador na manhã desta quinta-feira (14/1) na saída do Palácio da Alvorada. O homem questionou o mandatário sobre a veracidade a respeito da demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, que tomou posse há menos de quatro meses. “Presidente, é verdade que o presidente do Banco do Brasil vai ser demitido?”.
No entanto, Bolsonaro que costuma ser solícito com a claque, visivelmente incomodado, se limitou a lançar um olhar sério ao bolsonarista e decidiu ignorar a questão.
A outros apoiadores que pediram que ele gravasse vídeos para familiares, o presidente se desculpou, mas rebateu que “estava com pressa” e com “muita coisa para fazer”. “Estou com muita pressa. Estou com muita coisa para fazer. Vai demorar se eu gravar. Não vai dar tempo”, justificou.
A gota d’água que levou Bolsonaro a considerar a demissão de Brandão foi a proposta do Banco do Brasil de fechar 112 agências e desligar 5 mil funcionários, abrindo uma crise no governo. O discurso é de que ele teria escolhido um péssimo momento para o anúncio dos fechamentos dos postos em meio à pandemia do novo coronavírus e com o desemprego atingindo mais de 14 milhões de pessoas.
Além disso, a reestruturação do Banco do Brasil coincidiu com o anúncio da Ford de fechamento de todas as suas fábricas no Brasil. Diante da possibilidade de saída de Brandão, as ações do Banco do Brasil fecharam na quarta-feira com queda de 4,71%.
HFA
Em seguida, Bolsonaro realizou exames no Hospital das Forças Armadas (HFA). Ele passou cerca de uma hora no local. Segundo a assessoria palaciana, os procedimentos do chefe do Executivo fazem parte de exames de rotina devido às últimas cirurgias realizadas. Ainda segundo a equipe, o mandatário está "bem de saúde".
Saiba Mais