O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou novas revisões para as taxas de crescimento global e passou a ver alta de 5,5% no PIB mundial, ao em vez de 5,2% anteriormente apresentado. Na atualização do relatório “Panorama Econômico Mundial”, de outubro de 2020, o organismo multilateral também melhorou a previsão de crescimento do PIB do Brasil neste ano, passando de 2,8% para 3,6%. O Fundo havia projetado queda de 5,8% em 2020 na economia nacional, mas hoje a marca de decréscimo está em 4,5%.
No relatório, que foi divulgado esta terça-feira (26/1), o FMI afirma que “em meio a incertezas excepcionais, a economia global está projetada para crescer 5,5% em 2021; e 4,2%, em 2022. A previsão para 2021 subiu para 0,3 ponto percentual relativo à previsão anterior, refletindo expectativas de fortalecimento da atividade com base na vacina no final do ano e suporte de política adicional em algumas grandes economias”.
O documento não aponta exatamente o que levou à revisão dos dados de economias como a do Brasil, mas explica que o desempenho da economia global foi melhor do que o esperado no segundo trimestre do ano passado.
“Dados econômicos divulgados após as previsões do ‘Panorama Econômico Mundial’ de outubro de 2020 sugerem um impulso mais forte do que o previsto, em média, por todas as regiões no segundo trimestre”, declara o Fundo.
No “Panorama Econômico Mundial”, o FMI diz que a recuperação do crescimento projetada para este ano vem em seguida de um colapso severo em 2020, que teve impactos adversos agudos sobre mulheres, jovens, pobres, empregados informais e aqueles que trabalham em setores de contato intensivo. “A contração do crescimento global para 2020 é estimada em -3,5%, 0,9 ponto porcentual acima do projetado na previsão anterior (refletindo um impulso mais forte do que o esperado na segunda metade de 2020)”, aponta o relatório.
Recuperação mais rápida
A recomendação da economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, é que medidas econômicas direcionadas para famílias e empresas sejam mantidas para evitar a falência de negócios viáveis, o que permitiria uma recuperação mais rápida assim que as restrições contra a covid-19 forem suspensas.
“Em países onde o espaço fiscal é limitado, os gastos devem ser priorizados para a saúde e transferências para os mais pobres. As políticas monetárias devem permanecer acomodatícias para apoiar a recuperação onde a inflação não está em risco, com especial atenção para conter os riscos que provavelmente surgirão de taxas de juros historicamente baixas”, explica Gita.
O documento também afirma que fortes cooperações multilaterais são necessárias para trazer a pandemia sob controle em todo lugar. No relatório, o FMI cita como exemplo esforços para acelerar o acesso às vacinas contra a covid-19 em todos os países, garantir distribuição universal da vacina. “Muitos países, em particular economias de baixa renda em desenvolvimento, entraram na crise com dívidas elevadas que deverão aumentar ainda mais durante a pandemia. A comunidade global precisará continuar trabalhando de perto para garantir o acesso adequado à liquidez internacional para esses países”.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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