Com as ações ainda em baixa por conta da crise política que quase custou a demissão de André Brandão, o Banco do Brasil (BB) decidiu ampliar a distribuição de dividendos entre os seus acionistas. A ideia é que 35,29% do lucro líquido apurado em 2020 seja distribuído como dividendos e que esse percentual suba para 40% em 2021.
A revisão da política de dividendos do BB Fato foi aprovada pelo Conselho de Administração do BB e consta em fato relevante divulgado ao mercado nesta segunda-feira (25/01). O documento, assinado pelo vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do BB, Carlos José da Costa André, acrescenta que, neste ano, o pagamento poderá ser feito via dividendos ou Juros sobre o Capital Próprio (JCP).
Segundo o comunicado, "o valor do payout definido pelo Conselho de Administração considerou os balizadores constantes na Política [Específica de Remuneração aos Acionistas], em especial, o resultado do Banco, sua condição financeira, a necessidade de caixa, o Plano de Capital e suas metas e respectivas projeções, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais, oportunidades de investimento existentes e a manutenção e expansão da capacidade operacional".
A revisão da política de dividendos do Banco do Brasil vem na esteira de uma decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), que limitou a 25% a distribuição de dividendos dos bancos brasileiros na início da pandemia de covid-19, mas flexibilizou essa medida no fim do ano passado. O CMN explicou que a limitação visava garantir os recursos necessários ao sistema financeiro nacional na pandemia, mas pôde ser flexibilizada já que o sistema "mostrou resiliência ao afastar as previsões mais pessimistas à época do início da pandemia, terminando o ano com uma situação de solidez financeira robusta”.
Aposentadoria
Ainda nesta segunda-feira, o BB comunicou ao mercado a renúncia do diretor de Controladoria, Daniel André Stieler. No cargo desde 2019, Stieler deixa a diretoria executiva já nesta terça-feira (26/01) e será substituído por João Vagnes de Moura Silva. O novo diretor é funcionário de carreira do banco e atualmente preside a BB Tecnologia e Serviços.
Fontes ouvidas pelo Correio afirmaram que a saída de Stieler não tem relação com a crise política instaurada pelo plano de reestruturação do banco, que levou o presidente Jair Bolsonaro a pedir a demissão do presidente do BB, André Brandão. É que Stieler é funcionário de carreira do BB e decidiu se aposentar.
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