Comércio

Após seis meses de alta, vendas no varejo ficam estáveis em novembro

Segundo IBGE, houve queda de -0,1% frente a outubro na série com ajuste sazonal. Na comparação com novembro de 2019, houve crescimento de 3,4%. No acumulado em 11 meses, elevação de 1,2%

Simone Kafruni
postado em 15/01/2021 10:39 / atualizado em 15/01/2021 10:41
Vendas em supermercados caíram 2.2% em novembro, na comparação com outubro, segundo o IBGE -  (crédito: Divulgação/IBGE)
Vendas em supermercados caíram 2.2% em novembro, na comparação com outubro, segundo o IBGE - (crédito: Divulgação/IBGE)

O volume de vendas do varejo, em novembro de 2020, ficou próximo da estabilidade, com queda de -0,1% frente a outubro, na série com ajuste sazonal. O dado interrompeu a sequência de seis resultados positivos consecutivos do indicador do comércio varejista, iniciada em maio de 2020, após dois meses de queda por conta da pandemia de covid-19.

Após as seis taxas positivas terminadas em outubro, o setor acumulou ganho de 32,2%. A média móvel trimestral foi de 0,4% no trimestre encerrado em novembro. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (15/1), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na série sem ajuste sazonal, as vendas registraram aumento de 3,4% em novembro de 2020 frente a novembro de 2019, ante 8,4% em outubro de 2020, sexta taxa positiva consecutiva. No acumulado no ano, contra igual período do ano anterior, houve alta de 1,2%. Já o acumulado nos últimos 12 meses, a taxa manteve-se em 1,3% em novembro, sinalizando estabilidade no ritmo das vendas em relação a outubro.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 0,6% em relação a outubro de 2020, sétimo mês consecutivo de aumento. A média móvel do trimestre encerrado em novembro (1,2%) sinalizou redução no ritmo das vendas, quando comparada à média móvel no trimestre encerrado em outubro (1,2%).

Cristiano Santos, gerente da pesquisa, explicou que três das atividades ficaram no campo negativo: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%); combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,1%).

“Por outro lado, cinco ficaram no lado positivo: tecidos e vestuário; artigos farmacêuticos; livros, jornais e revistas; equipamentos para escritório; e outros artigos”, explicou. “Se considerarmos o varejo ampliado, com veículos e material de construção, o setor de veículos puxou com variação de 3,5%, enquanto construção caiu 0,8%”, acrescentou.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a sexta taxa positiva (3,4%) consecutiva vem com a menor variação, em termos de magnitude, dos últimos cinco meses. Ainda que, na margem, o resultado tenha variado no campo negativo, os resultados acumulados dos últimos meses contribuem para que o patamar de vendas de novembro de 2020 se posicione a -0,1% abaixo do nível recorde da série, o mês anterior, outubro de 2020.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação