As faixas de contribuição dos empregados com carteira assinada foram atualizadas, nesta última quarta-feira (13/1), devido ao reajuste do teto dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de R$ 6.101,06 para R$ 6.433,57. Quem ganha mais vai contribuir mais para o INSS e, consequentemente, quem ganha menos, contribuirá menos.
Os novos valores serão recolhidos apenas em fevereiro, pois se referem aos salários de janeiro. A contribuição de janeiro, referente ao mês de dezembro, ainda segue a tabela antiga. Com a Reforma da Previdência, essas faixas passaram a ser progressivas, ou seja, cobradas apenas sobre a parcela do salário que se enquadrar em cada faixa. Isso faz com que o percentual descontado do total dos ganhos — a alíquota efetiva — seja menor.
Em miúdos, se o trabalhador ganha mais de um salário mínimo, ele paga 7,5% de alíquota de contribuição sobre R$ 1.1 mil. O valor excedente é cobrado de acordo com a tabela abaixo:
Por exemplo, um trabalhador que ganha R$ 2 mil pagará 7,5% sobre R$ 1.100 – R$ 82,50 –, mais 9% sobre os R$ 900 que excedem esse valor – R$ 81 –, totalizando R$ 163,50 de contribuição.
Já quem ganha mais, por exemplo, R$ 4.5 mil, terá a seguinte contribuição:
- Desconto de 7,5% sobre R$ 1.100: R$ 82,50 de contribuição
- Mais 9% sobre R$ 1.103,48, que é a diferença de R$ 2.203,48 de R$ 1.100: R$ 99,31
- Mais 12% sobre R$ 1.101,74, que é a diferença de R$ 3.305,22 de R$ 2.203,48: R$ 132,21
- Mais 14% sobre R$ 1.194,78, que é a diferença de R$ 4.500 de R$ 3.305,22: R$ 167,27
- Total: R$ 481,29
Como pode ser visto acima, a contribuição é acumulativa a depender do salário.
Mudança de contribuição
Quem ganha até um salário mínimo pagará R$ 0,83 a menos por mês. Somente os salários a partir de R$ 6.156 terão aumento no valor da contribuição em relação a 2020.
Vale lembrar que, se houver reajustes dos salários durante o ano, haverá também mudança nas contribuições, já que as taxas são calculadas de acordo com a renda.
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