Mais uma vez, o governo confirmou a expectativa de emplacar a privatização da Eletrobras em 2021. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou, nesta sexta-feira (18/12), que há “todas as condições para a aprovação do projeto de lei (PL) da Eletrobras no Congresso”. Segundo ele, o governo entregou o PL com a proposta de capitalização da estatal em novembro de 2019. “Desde então, estamos discutindo com as lideranças e aperfeiçoando o projeto que foi enviado. Com a volta da normalidade das atividades do Congresso, teremos condições de aprovação da matéria”, disse.
O ministro ressaltou que, com a capitalização da Eletrobras, a União vai continuar com expressiva participação na empresa, mas ninguém terá mais de 10% da companhia. “Será uma corporação e voltará a ter condições de fazer os investimentos necessários. Desde 2014, ela não participa de leilões de energia e tem perdido participação”, assinalou.
Apesar das declarações do ministro nesta sexta, na véspera a Eletrobras participou do leilão de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Dos 11 lotes ofertados, a companhia disputou cinco, por meio das subsidiárias Furnas, CGT Eletrosul e Amazonas GT. Porém, não arrematou nenhum. “Avaliamos como positiva nossa participação em cinco lotes, assim como a dedicação de nossos dirigentes e empregados para obter projetos e propostas competitivas. Temos a certeza de que venceu a disciplina de capital, respeitando o custo do capital próprio da companhia”, observou o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior.
Sinergia
A Eletrobras é responsável por 44% das linhas de transmissão do país, abrangendo um total de 70.917 km. “Adotamos como premissa para participação no leilão a sinergia com ativos já existentes em diferentes pontos do país, com a presença das controladas para cada região”, explicou o diretor de Transmissão, Marcio Szechtman.
“É fundamental o respeito às condições financeiras de cada controlada, por meio da nossa estratégia de disciplina financeira, tendo como meta agregar valor à companhia, observando taxas mínimas de retorno para cada um dos ativos”, ressaltou a diretora financeira da Eletrobras, Elvira Presta.