O setor de serviços cresceu 1,7% na passagem de setembro para outubro, consolidando o quinto resultado positivo consecutivo, e acumulando ganho de 15,8% nesse período. O dado é referente à Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (11/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, porém, ainda é insuficiente para compensar as perdas de 19,8%, entre fevereiro e maio, geradas pela pandemia. O volume de serviços prestados se encontra 16,6% abaixo do recorde histórico alcançado em novembro de 2014; e 6,1% inferior a fevereiro de 2020.
"Os dados do varejo vieram acima do projetado pela mediana do mercado e avançam 1,7% no mês, mas a trajetória confirma queda na margem na velocidade de recuperação", diz André Perfeito, economista-chefe da Necton.
Ele complementa que "parte dessa queda de aceleração na margem é devido aos efeitos decorrentes de um choque exógeno nas séries, mas a falta de persistência de crescimento mais forte sugere que devemos ter um PIB muito fraco".
Em relação a outubro de 2019, o setor recuou 7,4%, registrando a oitava taxa negativa seguida no comparativo. No ano, a queda foi de 8,7%, enquanto nos últimos 12 meses, o recuo chegou a 6,8%, resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, em dezembro de 2012, para esse indicador.
Informação e comunicação
Quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram, com destaque para Informação e comunicação (2,6%). Apenas o setor de outros serviços (-3,5%) registrou taxa negativa nessa comparação.
O setor de transportes (1,5%) cresceu pelo sexto mês consecutivo, enquanto a área de serviços prestados às famílias (4,6%) atingiu a terceira alta seguida. Porém, no ano, o primeiro ainda acumula retração de 8,5%; e o segundo, de 37,7%. Já o índice de atividades turísticas apontou expansão de 7,1%.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro