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'Tecnologia 5G pode agregar 1,2 trilhão de dólares nos próximos 15 anos'

Em evento digital, realizado nesta quarta-feira (9/12), pelo Correio Braziliense, diretor de soluções da Nokia falou sobre maneiras de otimizar a produção agrícola brasileira e também injetar dinheiro na economia

De acordo com Wilson Cardoso, diretor de soluções da Nokia para a América Latina, “a tecnologia 5G pode agregar 1,2 trilhão de dólares nos próximos 15 anos”. O especialista explicou que a tecnologia poderá atuar em três grandes mercados: operadoras, prestadores de pequeno porte e redes privadas. “A primeira visão que temos é a inovação dos modelos de negócios, com mais velocidade nas conexões”, apontou.

As afirmações foram feitas durante live promovida pelo Correio Braziliense nesta quarta-feira (9/12). O evento digital O que o Brasil tem a ganhar com o 5G? debateu os desafios, cenários e oportunidades para o Brasil com a chegada da tecnologia 5G, reunindo especialistas e autoridades no assunto em transmissão ao vivo divulgada pelas redes sociais do Correio.

Além de comentar sobre os benefícios econômicos, Cardoso explicou que o Brasil tem um grande responsabilidade na produção de alimentos do mundo, e que a tecnologia 5G será fundamental para isso.

“Estudos recentes mostram que o mundo vai aumentar o consumo de alimentos em 2% ao ano. Com isso, três países vão atender esse crescimento. O Brasil, os Estados Unidos e a China. A China terá que transformar seus desertos em áreas de agricultura, os EUA terão que melhorar sua produtividade, e cabe ao Brasil atender 41% dessa demanda, ou seja, precisamos ter tecnologia no setor agrícola para aumentar a capacidade de produção”, afirmou.

Diferencial

O diretor de soluções da Nokia pontuou, ainda, que o diferencial do 5G é diminuir o tempo de latência de resposta. “A grande competência do 5G é a latência, o tempo que a informação demora para sair do nosso celular, ir para a rede, ser processada e voltar. Uma latência muito grande faz com o tempo de reação seja atrasado”.

Contudo, Cardoso também ressaltou os desafios que a tecnologia vai enfrentar. “Um grande desafio é o ecossistema: temos que trazer novos fornecedores e ter formação de pessoal especializado. Mas já estamos trabalhando nesse ponto de formação de pessoal qualificado”, pontuou.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro