A Eletrobras vai investir mais de R$ 41 bilhões em cinco anos. O conselho de administração da estatal aprovou, nesta quarta-feira (23/12), o Plano Diretor de Negócios e Gestão 2021-2025 e o documento projeta investimentos de R$ 41,1 bilhões no período. O maior volume de aportes, de R$ 10,1 bilhões, ocorrerá em 2022. No ano que vem, a previsão é de uma injeção de R$ 8,2 bilhões. Em 2023, de 9,2 bilhões, em 2024, R$ 8 bilhões e, em 2025, R$ 5,6 bilhões.
O governo espera capitalizar a empresa em 2021, pulverizando as ações para que ninguém detenha mais de 10% do capital societário e diluindo a participação da União. A Usina Nuclear Angra 3, que está parada há 30 anos e já consumiu bilhões de reais, receberá R$ 15,3 bilhões entre 2021 e 2025.
Uma auditoria da PwC concluiu que a situação crítica do empreendimento tem onerado o caixa da Eletronuclear, estatal do grupo dona da usina, com R$ 9 bilhões em dívidas e necessidade de um investimento de mais de R$ 15 bilhões para ser concluída. Os aportes se concentram entre 2022 e 2024, com valores entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,5 bilhões por ano.
Em 2021, a área de transmissão da companhia, que detém 47% do segmento no país, vai receber R$ 1,8 bilhão, enquanto a geração, com participação de 30%, terá injeção de R$ 1,5 bilhão. As Sociedades de Propósito Específico (SPEs) vão receber R$ 1,4 bilhão, e o segmento Infraestrutura e Ambiental terá orçamento de R$ 684 milhões. Em 2023, os investimentos totais previstos são de R$ 9,2 bilhões. Angra 3 receberá R$ 2,8 bilhões no ano que vem.
Segundo a empresa, uma das diretrizes estratégicas é “continuar o processo de racionalização das participações em SPEs”. A companhia pretende chegar em dezembro de 2021 com 49. O plano diretor de negócios e gestão define os projetos que serão desenvolvidos pelas empresas do grupo, visando o alcance dos “objetivos estratégicos voltados para o crescimento e modernização sustentável da Eletrobras e alinhados às novas tendências do setor de energia.”
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